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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Alemães criam a xícara de café perfeita


Utensílio é projetado para manter a bebida na temperatura correta pelo maior tempo possível

Pesquisadores do Instituto Fraunhoffer, na Alemanha, desenvolveram um novo tipo de xícara que pode revolucionar o ritual de saborear uma xícara de café, indispensável no nosso dia-a-dia. O utensílio foi projetado para manter a bebida na temperatura ideal para o consumo pelo maior tempo possível. O segredo está em no uso de “Phase Change Materials” (PCM), substâncias que mudam de estado físico (de sólido para líquido, por exemplo) sob determinadas temperaturas.

Segundo o jornal alemão Spiegel, os pesquisadores estabeleceram que a temperatura ideal para o consumo de bebidas quentes, como café ou chá, é de 58 graus Celsius. Portanto uma caneca “oca” de porcelana foi construída e o interior de suas paredes forrado com uma colméia de alumínio preenchida com PCM que se liquefaz exatamente a esta temperatura.

Ao colocar a bebida quente na caneca, o PCM começa a absorver calor, resfriando a bebida até que chegue ao ponto de liquefação de 58 graus. A partir daí o PCM para de absorver o calor e começa a liberá-lo lentamente de volta à bebida. Com isso, a temperatura se mantém estável e o café fica “no ponto” para consumo por mais tempo.

De acordo com Klaus Sedlbauer, chefe do departamento que conduziu a pesquisa, em condições ideais a temperatura poderá ser mantida por um período entre 20 a 30 minutos. O pesquisador informa que a técnica também pode ser usada para bebidas frias, é apenas uma questão de encontrar o PCM que se liquefaça, por exemplo, a 7 graus (a temperatura ideal para cerveja).

O instituto já está trabalhando com empresas interessadas em comercializar a invenção, que ainda não tem data para chegar ao mercado nem preço estimado.

Fonte: Antonio Blanc - Aqui


A xícara de café perfeita
Estas xícaras ganharam, no ano passado, o IF Design Product Award, um dos 3 maiores prêmios de design no mundo, com mais de 50 anos de tradição. Anualmente são mais de 2.700 produtos, de 35 países, tentando levar este prêmio pra casa.

Fabricadas por uma empresa dinamarquesa chamada Bodum, especializada em produtos para mesa e cozinha, as xícaras são de vidro borossilicato e possuem parede dupla. A tecnologia empregada faz com que o conteúdo da xícara — seja ele quente ou frio — fique isolado da parte externa por uma fina camada de vácuo, o que diminui consideravelmente a troca de calor com o ambiente e mantém seu café quentinho do primeiro ao último gole (e sem queimar seus dedos!).

A dúvida é: o prazer de tomar café quentinho, do primeiro ao último gole, sem queimar os dedos, vale US$ 40,00 o par?

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Liberdade Ainda Que Tardia


Ambiente livre de Fumo: Direito de Todos. O cigarro atinge de forma semelhante a fumantes e não fumantes. Esta característica do cigarro transforma o hábito de fumar de questão pessoal em problema coletivo. Os fumantes passivos sofrem de irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, problemas alérgicos, e aumento de problemas cardíacos, como angina e elevação da pressão arterial. A longo prazo, observam-se a redução da capacidade funcional respiratória e o aumento do número de infecções respiratórias em crianças. Os fumantes passivos morrem duas vezes mais por câncer no pulmão do que as pessoas não submetidas à poluição pela fumaça do cigarro.


Livre-se do Cigarro até o Final deste Ano

Para te ajudar a abandonar o cigarro, a pneumologista da Avir Saúde Educação e Tratamento do Tabagismo, Camille Rodrigues, montou um calendário. A seguir, você confere conselhos diários para se ver livre do cigarro até o final deste ano.

De 29 de agosto a 30 de setembro: monte uma lista com as marcas de cigarro que você mais gosta. Reflita sobre os fatores que te motivam a parar de fumar e os motivos que dificultam a conquista deste objetivo. Diminua gradualmente o número de cigarros diários até chegar à metade. Perceba como você fuma por automatismo, sem que sinta realmente a necessidade de fumar. Inicie a despedida do cigarro.

De 01 de outubro a 05 de novembro: peça aos colegas de trabalho, amigos e familiares que o auxiliem na luta contra o fumo. Peça para que eles não te ofereçam cigarros e não deixem maços espalhados pela casa ou local de trabalho. Estipule uma data para não fumar mais nenhum cigarro. Nos dias que antecederem a data marcada, realize uma cerimônia de despedida do cigarro. Afinal, depois de tantos anos tendo o cigarro como companhia, você tem o direito de se despedir dele. Faça uma cerimônia ao seu estilo e concretize a separação. Quando a data marcada chegar, jogue os cigarros fora e não tenha nenhum ao seu alcance. Escorregões podem acontecer com o cigarro a vista.

De 06 de novembro a 10 de dezembro: neste período, é comum aparecer aquela vontade intensa de fumar. Perceba, no entanto, que ela dura cerca de 1 minuto. Aproveite o tempinho para tomar um copo grande de água bem devagar. Logo você vai perceber que a vontade acabou. Gaste energia, caminhe, mantenha-se ocupado. Nas três primeiras semanas sem o cigarro, atente a situações que te lembrem ele, como a hora do cafezinho ou a reunião de amigos que fumam após o almoço. Estabeleça estratégias para estes momentos. Troque, por exemplo, o café por suco depois do almoço. Invista em sua nova rotina sem cigarros, adquirindo novas atividades e hobbies.

De 11 de dezembro a 31 de dezembro: é fase de notar os benefícios que você já tem com o afastamento do cigarro, como a melhora do fôlego e do sabor dos alimentos, o perfume que você passa pela manhã e sente o dia todo e a pele do rosto mais viçosa. Divida com amigos e familiares a sua nova conquista. Faça as contas do quanto economiza por semana sem o gasto com cigarros e dê um presente a si mesmo. Faça planos para um ano novo livre do vício. Na entrada de 2010, brinde a uma vida mais saudável.

  • Busque auxílio profissional
No site do Inca é possível encontrar uma cartilha chamada 'Você está querendo parar de fumar?' que esclarece muitas dúvidas. Você também pode encontrar no site outras informações de como encontrar ajuda para abandonar o vício. Se preferir informações por telefone, anote o número do Disque Saúde (0800611997) e dê o primeiro passo para deixar o tabagismo.

Afinal, o cigarro não faz mal apenas para a pele e para os cabelos, afeta o organismo como um todo e ainda prejudica os não-fumantes que convivem com quem fuma. Dê uma chance para você e para a sua saúde. Parar de fumar é uma decisão que só você pode tomar.


  • Deixando a fumaça para trás
Livre do hábito de fumar, o organismo humano vai recuperando suas funções normais, minuto a minuto. Acompanhe a cronologia da desintoxicação:

20 minutos:
Diminui a pressão sangüínea e cardíaca.

8 horas:
Os teores de monóxido de carbono começam a apresentar valores normais. O oxigênio no sangue aumenta lentamente.

2 dias:
Melhora a circulação. Os terminais nervosos ficam normalizados.

2 semanas:
O exercício físico é feito com maior facilidade. A função pulmonar aumenta 30%.

1 a 9 meses:
A tosse, a sinusite e a dificuldade respiratória diminuem. Aumenta a capacidade para reagir às infecções dos brônquios.

1 ano:
O risco coronariano diminui 50%.

5 anos:
A incidência de morte por câncer de pulmão fica reduzida à metade.

10 anos:
A mortalidade por câncer de pulmão adquire os mesmos índices que a dos não-fumantes.

15 anos:
O risco coronariano alcança o mesmo índice dos não-fumantes.



O Blog Café com a Beth adverte: Fumar faz mal a Saúde. Tanto a saúde sua quanto a dos outros.

Sobre Café e Cigarros

Dia 29 de agosto Dia Nacional do Combate ao Fumo. Em 1986, o governo brasileiro aprovou a Lei Federal número 7488, que estabeleceu o Dia 29 de agosto como o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Desde então, entidades governamentais e civis se movimentam cada vez mais, especialmente nesta data, em prol de propagar os males do cigarro e os benefícios para a saúde quando se deixa o fumo.

É fato: o cigarro realmente vicia. O que pouca gente sabe é que além do alcatrão e da nicotina, substâncias que provocam o vício, o cigarro possui mais de 4.700 substâncias tóxicas. Um fumante introduz em seu organismo mais de 4.700 substâncias tóxicas com o consumo do cigarro.

Acreditem, pesquisas nacionais apontam que cerca de 23 milhões de fumantes brasileiros, o equivalente a 19% da população acima dos 15 anos, afirma querer abandonar o vício do fumo. Em contrapartida, para essa intenção virar realidade ainda falta algo mais. É que, nove entre dez brasileiros fumantes que já tentaram, não conseguiram parar de fumar. O médico Dráuzio Varella, por exemplo, deixou registrado em seu livro sobre o presídio do Carandiru, a grande dificuldade dos presos em deixar o fumo de lado. "Eles conseguiam até interromper o uso de maconha e cocaína, mas geralmente não conseguiam deixar de o cigarro", publicou o médico.

Seja como for, em tempo de combate ao tabagismo, lembrei-me deste filme: "Sobre Café e Cigarros" (Coffee and Cigarettes, 2003), de Jim Jarmusch. Um filme sobre cafés e cigarros?

Eu não fumo cigarros, mas gosto muito de café. Os malefícios do fumo não se restringem aos fumantes, mas repercutem de forma importante em quem convive com eles. O fumante passivo atravessa longo período de vida entre fumantes, seja no trabalho ou em outros ambientes. Sou, mesmo contra minha vontade, fumante passiva inconformada. É desconfortante inalar a fumaça e as substâncias tóxicas do cigarro que os outros fumam no ambiente que eu também respiro, ainda não descobri o que fazer pra me ver livre deste problema. Já com o café minha relação é mais próxima. Costumo tomar o meu café puro ou com leite, e às vezes faço um cappuccino. Eu assumo: em casa, no trabalho, nas lanchonetes e afins... gosto de tomar um cafezinho.

A combinação nada saudável é o atrativo dessa comédia dramática apreciada em pequenas doses. O filme "Sobre Café e Cigarros" é composto de 11 curtas que se ligam através de café! O filme conta com um elenco recheado de estrelas como Bill Murray, Cate Blanchett, Iggy Pop, Roberto Benigni, Jack White e Meg White entre outros tantos.



» Direção: Jim Jarmusch
» Roteiro: Jim Jarmusch
» Gênero: Comédia/Drama
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 95 minutos
» Tipo: Longa-metragem
» Trailer: clique aqui
» Site: clique aqui

» Sinopse: Em 11 curta-metragens, vários personagens discutem uma diversidade ainda maior de temas, sempre bebendo café e fumando os seus cigarros. O filme reúne histórias curtas que têm em comum o consumo de café e cigarros. Em uma delas, Iggy Pop e Tom Waits se encontram e discutem cirurgias de beira de estrada, os bons pontos de se fumar cigarros, e outros assuntos, enquanto tomam café e fumam, num bar em algum lugar da Califórnia.

Ao beber café e a fumar cigarros, diferentes personagens discutem à volta da mesa os mais variados assuntos, tais como picolés com cafeína, Abbott & Costello, a ressurreição de Elvis Presley, a forma correcta de se preparar um chá tipicamente inglês, as invenções de Nikola Tesla, brigas familiares, a cidade de Paris nos loucos anos 20, rock, hip hop e o uso da nicotina como insecticida para as pragas. São 11 curtas-metragens com personagens que têm em comum o gosto por café e cigarros. A produção foi rodada num período de 17 anos. O primeiro curta, de Roberto Benigni, foi rodado em 1987. Um dos últimos, com Iggy Pop, foi feito em 1992. Rodado em um longo período de 17 anos.

Café e Cigarros parece um passatempo do diretor alemão. São pequenas histórias que brincam com as personas de algumas celebridades, entre elas, Roberto Benigni, Steve Buscemi, Iggy Pop, Tom Waits, Cate Blanchet, Jack White, Meg White e Bill Murray.

O embrião de Café e Cigarros foi um curta-metragem filmado por Jarmusch em 1986, para o Saturday Night Live. Em Strange to Meet You, um Roberto Benigni com cara de psicopata partilha com Steven Wright algumas doses de cafés e cigarros. No curta, um dos melhores do filme, o duo chega a conclusão que tomar café a noite acelera os sonhos. O papo termina de uma forma deliciosamente nonsense. Com esse curta filmado, Jarmusch guardou a idéia durante anos, filmando sempre quando tinha uma oportunidade.
Assim, em 1989, Steve Buscemi encarou os gêmeos Cinqué e Joie Lee (filhos do diretor Spike Lee) num boteco para contar uma incrível história de Elvis Presley (sim, sim, ele está vivo!).

Três anos depois foi a vez de Iggy Pop e Tom Waits se encontrarem em um boteco, ao lado de uma jukebox, e ficarem trocando idéias impagáveis. "Cara, conheci um baterista sensacional. Assim que o vi tocando, pensei: preciso apresenta-lo para o Tom", diz Iggy. "Você está querendo dizer que o som da bateria dos meus discos é uma porcaria? É isso?", responde Tom Waits, sério e impagável.

O sarcasmo flutua no ar junto com a fumaça, que, alias, nem devia marcar presença nesse quadro, já que tanto Tom quanto Iggy haviam abandonado os cigarros por ordem médica. "Mas fumar um cigarro é um exemplo de força", provoca Tom Waits. "Só quem parou de fumar pode acender um cigarro e dizer: estou fumando um cigarro, mas eu já parei. E só para provar que sou forte vou fumar apenas um", conclui o pensamento Tom Waits. Incrédulo, Iggy Pop aceita um cigarro e os dois astros parecem ter orgasmos quando a nicotina invade o corpo. Hilário. O final do esquete é muito engraçado.

É de 1992, também, o mediano quarto episódio do filme, em que Joe Rignano e Vinny Vella passam o tempo discutindo os malefícios do cigarro. Desse ponto em diante, Café e Cigarros sofre uma queda sintomática, principalmente a partir dos episódios filmados em 2003. Entre os mais fracos estão o quinto episódio (com Renée French) e o sétimo (com o duo White Stripes enchendo o saco).

Dos medianos, temos o sexto (com os atores Isaach de Bankolé e Alex Desças), o oitavo (com Cate Blanchet fazendo papel duplo e brincando com a fama) e o último (com William Rice e Taylor Mead transformando café em champagne num trecho bastante poético). Os dois únicos trechos que mantém o pico inicial são o nono (Alfred Molina e Steve Coogan) e o décimo (RZA e GZA, do Wu-Tan Clan, e Bill Murray, absurdamente impagável).

No nono, o americano Alfred Molina recebe o inglês Steve Coogan nos Estados Unidos. Para quem não se lembra, Steve Coogan faz o papel principal do filme 24 Hour Party People, encarnando o produtor Tony Wilson. Na época de seu lançamento, Peter Hook, do New Order, chegou a dizer que o papel da pessoa mais chata de Manchester (Tony) havia ficado com a segunda pessoa mais chata da cidade (Steve).

Em Café e Cigarros, Jarmusch apenas reforça a tese. Molina quer se aproximar de Coogan de qualquer maneira, mas o inglês (que dispensa o café e toma chá) não corresponde a amizade. Em um momento crucial, Molina pede o número do celular de Coogan. "Seria muito horrível da minha parte não te dar o número?", diz Coogan. Até que toca o telefone de Molina. "Oi, Spike, tudo bem?".

A conversa segue, close no rosto de Coogan, maluco de curiosidade e querendo ouvir alguma coisa do papo, sem sucesso. Quando Molina desliga o telefone, Coogan pergunta: "Você estava falando com o Spike Lee?". Molina responde: "Não, não". Então Coogan solta a respiração, completamente aliviado, até que Molina emplaca: "Era o Spike Jonze". Sem palavras...

Não dá para considerar Coffee and Cigarettes um filme. Autor de obras fortes como Estranhos no Paraiso, Down by Law, Mystery Train e Dead Man, Jarmusch apenas exercita sua maneira de ver o mundo em pequenos relatos cheios de cinismo, tédio, banalidade e silêncios. O ponto mais interessante do filme, no entanto, é sua correlação com a realidade. Jarmusch filma as personas de alguns ícones do cinema e da música em um momento de pretensa realidade.

A brincadeira acaba sendo a grande sacada do filme, afinal, será que Iggy Pop é realmente daquele jeito, ou está atuando como Iggy Pop? No entanto, no fiel da balança, por mais que existam pontos em comum entre os esquetes, e as referências tentem aproximar alguns trechos, Coffee and Cigarettes carece de unidade. Os momentos bons são muito bons. Os ruins são muito ruins. E o resultado é mediano. Vale com diversão, mas já é costume esperar um pouco mais do que diversão de diretores como Jim Jarmusch. Coffee and Cigarettes é apenas um filme feito entre cafés e cigarros, um passatempo no intervalo de obras maiores.



A escolha de filmar a preto (café) e branco (cigarros) não parece ter sido por acaso. As mesas sempre com quadriculados (ou em um caso específico, mesa lisa, mas com canecas quadriculadas) nos dão a sensação de estarmos o tempo todo assistindo a um jogo de xadrez verbal. O filme é um emaranhado de crônicas que remetem ao vício ou ao hábito de tomar café acompanhado de cigarros. O charme do filme fica mesmo por conta dos diálogos cômicos e pelos planos poéticos que o diretor constrói, em preto e branco.

Ainda assim, “Sobre Café e Cigarros” vale a pena assistir pela belíssima fotografia em preto e branco, por alguns textos inspirados, e pela abordagem interessante sobre dois vícios unidos e em harmonia. Será que a combinação é mesmo uma boa opção? Você irá descobrir durante a exibição do longa, e mais precisamente no último episódio, segundos antes da subida dos créditos.

Site Oficial do filme Coffee & Cigarettes


» Elenco ::.
- Ator/Atriz Personagem
- Cate Blanchett Cate
- Tom Waits Tom
- Iggy Pop Iggy
- Cinqué Lee Evil Twin
- Joie Lee Good Twin
- Steven Wright Steven
- Bill Murray Bill Murray
- Alfred Molina Alfred
- Steve Coogan Steve
- Steve Buscemi Waiter
- Roberto Benigni Roberto
- William Rice Bill

CultMovie - Sobre Café E Cigarros


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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Selo com Aroma de Café

Será que nos correios ainda encontramos destes selos com aroma de café?

O aroma pode durar até cinco anos

Correios do Brasil lançam selo com aroma de café
O cheiro do cafezinho brasileiro pode ser enviado pelo correio e sentido por pessoas do outro lado do mundo.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) lançou no dia 7 de dezembro de 2001 um selo especial com aroma de café. O selo custou R$1,30 ou US$0,53 usado para o envio de correspondência internacional. Foram emitidos 3.600.000.

A idéia é divulgar o café brasileiro, que vem perdendo mercado para o café da Colômbia, país que gasta muito com a promoção do seu produto.

O selo brasileiro foi impresso na Casa da Moeda; a essência de café foi feita por uma empresa particular usando uma tecnologia especial para garantir a durabilidade do aroma.

Microcápsulas

"O grão de café maduro é torrado, moído e filtrado sob pressão", explica Alvaro de Oliveira Soares, diretor de produção da Casa da Moeda do Brasil."Os filtros por onde passam o café ficam saturados de aroma e passam por um processo chamado turbilhonamento. É como um liquidificador gigante a uma grande velocidade".

O processo cria microcápsulas, cheias de um líquido com aroma saturado de café. Elas são misturadas com um verniz transparente que é levado para a máquina de impressão offset da Casa da Moeda.

Café brasileiro vem perdendo espaço para o colombiano

"Depois de impresso, o selo recebe uma camada desse verniz transparente, que contém as microcápsulas, invisíveis. Quando o selo é distribuído, ele já sai com o cheirinho".

Os especialistas que participam do processo de criação do selo acreditam que o aroma de café dure de três a cinco anos. Mas cada vez que alguém quiser ter a sensação de estar apreciando um cafezinho no Brasil, basta friccionar o selo, estourando as microcápsulas para liberar um aroma mais forte.

Essa tecnologia já havia sido usada há dois anos, quando o correio brasileiro lançou um selo com cheiro de madeira queimada — uma forma de protesto contra o desmatamento da Amazônia.

Um selo impresso em 1999 tinha odor de madeira queimada

Os correios do Brasil, emitiram sob o tema Parques Nacionais-Prevenção a Incêndios Florestais 4 selos em 01/08/1999. Os selos foram feitos em papel reciclado e têm a particularidade de cheirarem a madeira queimada. "O selo das florestas foi um sucesso e ganhou até prêmios internacionais", diz Maria de Lourdes Fonseca, sub-chefe do departamento de Filatelia da ECT.

"Esperamos o mesmo êxito com o lançamento do selo com aroma de café, que divulga o hábito brasileiro de tomar um cafezinho."

Mais curiosidades sobre o mundo dos selos visite este blog aqui, destinado à Apresentação de Selos e Cartas de Todo o Mundo.

A terra onde Dumont Sonhou o Avião

No dia 23 de outubro comemoramos o Dia do Aviador porque foi nesta data no ano de 1906 que Santos Dumont, o grande inventor brasileiros levantou vôo com o seu "14 Bis". Foi o primeiro vôo de um aparelho mais pesado que o ar. Era o princípio da aviação, o meio mais rápido e arrojado de locomoção conseguido pelo homem.



Alberto Santos-Dumont é considerado o Pai da Aviação. A Lei 3636, de 22 de setembro de 1959, concedeu-lhe o posto honorífico de Marechal-do-Ar. De 16 a 23 de outubro transcorre a Semana da Asa.

No dia 23 de outubro de 2006, a façanha do brasileiro Alberto Santos Dumont, o pioneiro da aviação, fez um século. Em 23 de outubro de 1906, no Campo de Bagatelle, em Paris, ele voou cerca de 60 metros, a uma altura entre dois e três metros. O feito é único – foi a primeira vez, na história da humanidade, que uma aeronave deslizou e decolou utilizando apenas seus próprios recursos.

A cidade de Dumont, na região de Ribeirão Preto, surgiu graças à família do pai da aviação e amanhã vai ser palco de um dos principais eventos da programação comemorativa pelo centenário do vôo do 14-Bis.

Filho do casal Henrique Dumont e Francisca dos Santos, e neto de imigrantes franceses por parte do pai, Alberto Santos Dumont nasceu na cidade mineira de Palmira, depois rebatizada para Santos Dumont. Seu avô François Dumont havia vindo ao Brasil em busca de pedras preciosas para o sogro, ourives. Teve três filhos no Brasil e morreu cedo. Henrique, apoiado pelo padrinho, formou-se engenheiro em Paris e ao retornar ao Brasil atuou no serviço de obras públicas de Ouro Preto. Em 1856, ano da fundação oficial de Ribeirão Preto, Henrique casou-se com Francisca dos Santos, filha de um rico comendador.



Em seguida, ele ganha o contrato para construir um trecho, na subida da serra da Mantiqueira, da Estrada de Ferro Dom Pedro II (Central do Brasil). Instala o canteiro de obras na localidade de Cabangu, perto de Palmira, hoje Santos Dumont. É lá, no sítio Cabangu, que Alberto Santos Dumont nasce, em 20 de julho de 1873. Após seis anos, terminada a construção da estrada de ferro, a família se muda para Valença, no Vale do Paraíba fluminense, onde vai administrar uma fazenda de café do sogro, o comendador Francisco de Paula Santos. Mas os cafezais pouco produzem.

A vinda para a região
No Rio de Janeiro, Henrique conhece outros dois fazendeiros do vale do Paraíba – Luiz Pereira Barreto e Martinico Prado. Eles haviam chegado de uma viagem à região da nascente vila de São Sebastião do Ribeirão Preto. Os dois, entusiastas das terras do então “oeste paulista”, convencem Henrique de que o futuro da cafeicultura estava naquela região a ser desbravada.

O pai de Santos Dumont viaja três dias a cavalo, desde o final dos trilhos da Mogiana (que então tinham por ponto final Casa Branca), e fica maravilhado com as terras do “oeste paulista”. Retorna ao Rio, desfaz a sociedade com o sogro e, em 1879, compra de José Bento Diniz Junqueira a Fazenda Arindeúva, (com 100.000 pés de cafés) na zona de terra roxa de Ribeirão Preto. Foi considerado, na época, o rei do café por ter plantado, nessa propriedade, cerca de cinco milhões de pés.

Na infância, Santos-Dumont estudava com professoras particulares francesas contratadas por seu pai, diretamente de Paris. Interessava-se por mecânica; sua diversão predileta era observar as máquinas de beneficiar café. Analisando o funcionamento das máquinas a vapor, das engrenagens e a transmissão das polias, aprendeu a lidar com equipamentos mecânicos.

Nos anos seguintes, Henrique continuou comprando terras, até adquirir em 1887 a última gleba, de José Augusto Alves Junqueira – estava formada a Fazenda Dumont, com 6.108 alqueires e 5,7 milhões de pés de café, a maior do mundo. Os trilhos da estrada de ferro Mogiana haviam chegado em Ribeirão Preto em fins de 1883.

Local onde era feito o processamento do café na fazenda Dumont

Para agilizar a colheita, Henrique Dumont compra da Mogiana uma estrada de ferro ligando a fazenda à estação – além dessa ligação principal, de 23 Km, fez mais 85 Km de trilhos dentro da fazenda, em quatro ramais. O transporte do café era feito por 40 vagões acoplados a cinco locomotivas importadas da Inglaterra.

Um dos filhos de Henrique, Alberto, não se interessa pela agricultura – passa horas e horas nos galpões, onde era montado o maquinário que o pai importava da Europa, e nas oficinas onde se fabricava tudo o que era preciso no trabalho agrícola. Alberto dirigia, dentro da fazenda, as locomotivas. Empinava pipas – numa delas, de 2,5 m de altura por 1,8 m de largura, fez um gato alçar vôo.

A curiosidade por temas relacionados à conquista do ar levou-o à leitura de livros de inventos e ficção científica, como os de Júlio Verne, nos quais homens voavam em máquinas. Já sonhava com o avião.

À procura de mais informações, descobriu as experiências em balões de ar quente feitas pelos irmãos Montgolfier em 1783 e a de Jean Pierre Blanchard e John Jeffries, que realizaram a travessia do Canal da Mancha em balão, em 1785.

Da leitura ao contato pessoal com assuntos aerostáticos foi um passo muito pequeno: já em 1888 Santos-Dumont viu um balão, na cidade de São Paulo, em uma exposição de equipamentos aeronáuticos construídos na França.

Uma fazenda-cidade
Em 1890, a Fazenda Dumont tem 5,7 milhões de café produzindo e é uma pequena cidade – cerca de 5.000 colonos moram lá. Em dezembro daquele ano Henrique inspeciona os cafezais em uma charrete quando esta, desgovernada, o lança ao chão. Henrique quebra um braço, bate a cabeça, fica parcialmente paralisado. Viaja com a família para tratamento médico em Paris. Lá, Alberto visita uma exposição e vê pela primeira vez um motor compacto a gasolina. Henrique compra para o filho um automóvel Peugeot (1° carro a entrar no país) e retornam ao Brasil.

De volta a São Paulo, Henrique emancipa Alberto, que completara 18 anos, e vende a Fazenda Dumont por 12 mil contos de réis – uma cifra que hoje equivaleria a mais de 3 milhões de dólares. Em 1892 o estado de saúde de Henrique Dumont se agrava, ele tenta voltar à França, mas não consegue – morre no Rio de Janeiro, em 30 de agosto de 1892, aos 60 anos de idade.

Alberto segue para Paris, onde começa experiências com balões. Elas vão levar, em 1906, ao mítico 14-Bis, a primeira aeronave da história.

A fazenda Dumont, comprada em 1891 pela Cia. Melhoramentos, é vendida a um grupo inglês em 1894. Eles criam a Dumont Coffee Company, que continua sendo uma grande produtora de café até a crise de 1929. Em 1942 a Fazenda Dumont é loteada pela Caic (Companhia de Agricultura, Imigração e Colonização, que existiu de 1928 a 1975). Vários ex-colonos compram pequenas glebas e lá surge a cidade de Dumont. E a antiga casa-grande da fazenda de Henrique Dumont ainda hoje é a sede da Prefeitura Municipal.

LUXO

A Fazenda tinha ferrovia. Na origem do município de Dumont estão não apenas a fazenda de mesmo nome mas também a linha do trem. A Estrada de Ferro Dumont foi construída pela Mogiana para ser um ramal (de bitola de 60 cm) que saía da estação de Ribeirão Preto (onde hoje está a praça Francisco Schmidt, nome do segundo “rei do Café”) e chegava à fazenda de Henrique Dumont.

Locomotiva num dos ramais das fazendas em Ribeirão Preto, em 1907

O tronco dessa ferrovia E.F. Dumont, também chamada de “Ramal de Dumont”, tinha 23 Km. A Mogiana a vendeu, logo após a construção, para a Fazenda Dumont, que passou a operá-la, inclusive com o transporte público de passageiros. Operou de 1890 até a venda da fazenda, no início da década de 40 – quando os trilhos foram imediatamente removidos e vendidos como sucata de aço. Por quase todo o leito da desaparecida Estrada de Ferro Dumont encontra-se hoje a rodovia Ribeirão Preto-Pradópolis (rodovia Mário Donegá/SP-291).

ECONOMIA
Amendoim supera cana - Em 1948, a povoação surgida nas terras loteadas da fazenda Dumont vira um distrito de Ribeirão Preto. Em 1964, obtém sua emancipação política e ganha o status de município. A instalação ocorre a 21 de março de 1965 – data oficial em que se comemora o aniversário de Dumont. A padroeira da cidade é a Imaculada Conceição.

Dumont tem mais de 250 pequenas propriedades na zona rural e 7.138 habitantes(estimativa/2005).

Apesar de localizada no principal pólo canavieiro do país, a economia não depende apenas da cana-de-açúcar. Os canaviais são o principal cultivo, mas é o amendoim que sustenta a agroindústria. As três indústrias de doces de amendoim (Doces Rio, Bálsamo e Santa Cruz) e as duas beneficiadoras (CAP e Santa Helena) respondem por 40%da arrecadação de tributos da Prefeitura local.

O prefeito Antonio Roque Bálsamo (2006), em virtude do centenário do vôo do 14-Bis, decretou ponto facultativo. O ponto alto da programação comemorativa é o lançamento do selo dos Correios, no pátio em frente à sede da Prefeitura, onde, antigamente, o menino Alberto corria, empinando pipas.


A terra onde Alberto Santos Dumont sonhou com o avião
[22/10/2006] Ano: 101 Número: 247 Jornal A Cidade
Nicola Tornatore

Culinária dos Tempos dos Cafezais II

Que tal desfrutar do prazer de se hospedar numa fazenda dos tempos do cafezais e, ainda por cima, poder apreciar uma boa comida? Em Rio das Flores, município brasileiro do estado do Rio de Janeiro, fazer as duas coisas ao mesmo tempo é possível em pelo menos duas das dez fazendas históricas localizadas no município. Fazenda União e Fazenda Campos Elíseos.

Rio das Flores

A região começou ser colonizada intensamente a partir do ciclo café. Em 1851, construiu-se uma capela dedicada a Santa Teresa, instituíndo a Freguesia de Santa Teresa de Valença, então distrito de Marquês de Valença.

A região começou a enriquecer muito com as lavouras de café, ao ponto de em 1882 ser inaugurada a estação da Estrada de Ferro Rio das Flores, e em 1890, emancipou-se do município de Valença, tornando-se Vila de Santa Teresa.

Devido à Lei Áurea e à crise econômica do primeiro ciclo cafeicultor, a cidade foi entrando em declínio, sofrendo acentuado êxodo e gradual câmbio do foco produtor para o setor pastoril. Em 1929, a vila foi elevada à condição de cidade, e em 1943 passou a se chamar cidade de Rio das Flores.

Atualmente tem sua economia baseada na agropecuária e no turismo.

Hotel Fazenda Campos Elíseos


O Hotel Fazenda Campos Eliseos está localizado numa região privilegiada do Vale do Rio Paraiba, no coração do famoso Vale do Café, em meio a 75 alqueires de um paraíso ecológico preservado, cercado por uma infinidade de aves nativas e animais silvestres.

O Hotel Fazenda tem sua sede em uma das mais belas Fazendas Históricas do Vale do Café, e oferece caminhadas ecológicas, horta com princípios orgânicos, passeios á cavalo, atividades rurais, oficinas, passeios de charrete, cachoeira, campinho de futebol, piscina, e muito mais... Pensão completa: Café da manhã, almoço e jantar.

Meio italiana, meio mineira. Uma comida meio italiana, meio mineira. Com esse cardápio, a italiana Déborah Japelli recebe os grupos de turistas em sua Fazenda Campos Elíseos. Ela está no Brasil desde 2000 e veio por influência da família.
“Meus tios sempre foram apaixonados pelo Brasil, alguns deles vieram morar aqui há muitos anos e eu resolvi segui-los.”

A Campos Elíseos é uma fazenda de 1851 e passou por várias mãos até ser comprada na década de 1960 por Marcos Vieira da Cunha, bisneto do Visconde de Ipiabas, que restaurou estas e outras fazendas da região. Há alguns anos foi comprada pela família de Déborah, que a reformou totalmente, mantendo o estilo da época, transformando-a em uma fazenda histórica, que hospeda no esquema de turismo de habitação.

A comida é saudável e gostosa, em uma variedade de cozinha mineira e italiana. A maioria dos pratos são feitos no fogão a lenha, acompanhados de nosso Pão caseiro italiano. Especialidade da casa a "Bruschetta" tradicional e outras variantes especiais. Verduras da nossa horta cultivada de maneira orgânica e queijo artesanal.

Na cozinha, Déborah dá o tempero ítalo-brasileiro na medida certa, segundo ela própria explica, fazendo “adaptações sem comprometer as receitas originais”. Um exemplo é o tiramisù, que faz muito sucesso entre os visitantes. Originalmente feito com queijo mascarpone, esse famoso doce italiano, parecido com o pavê, ali é feito com o brasileiríssimo requeijão. “Dá muito certo substituir um pelo outro.

A sobremesa, que também leva cacau, café e açúcar, fica com a consistência de cheesecake”, diz a gourmande. “Tiramisù” é uma expressão quer dizer “levanta-te” ou “escolha-me”. Um dos motivos: a inclusão da cafeína, elemento estimulante.

Na fazenda também é possível degustar um caprichado café colonial, com pães, doces e bolos ou, ainda, almoçar. O cardápio tem desde a torta de abobrinha e pães recheados até a leitoa assada – que tem um preparo mais requintado e é servido mediante pedido prévio. Déborah revela que “a carne é posta para assar na madrugada anterior ao almoço”, por isso deve ser encomendada com antecedência de alguns dias. Para quem gosta de cachaça, lá é produzida e vendida a artesanal Sinhazinha.

O charme do restaurante fica por conta do local onde está instalado: no porão da casa da fazenda.

Pães e salame

O lazer ainda inclui pesca no açude, trilhas ecológicas, banho de cachoeira e piscina, visitas ao pomar e à horta e ordenha para retirada de leite fresquinho.
Importante ainda destacar que há um canil. Para quem se interessar pela hospedagem, Déborah indica que é preciso gostar de animais: “Criamos cães das raças Golden Retriever e Pug. Por isso, quem vier para cá tem que ser amante de cães e gatos, que estão por toda parte.”

Fonte: Viagem e Sabor

Culinária dos Tempos dos Cafezais I

Que tal desfrutar do prazer de se hospedar numa fazenda dos tempos do cafezais e, ainda por cima, poder apreciar uma boa comida? Em Rio das Flores, município brasileiro do estado do Rio de Janeiro, fazer as duas coisas ao mesmo tempo é possível em pelo menos duas das dez fazendas históricas localizadas no município. Fazenda União e Fazenda Campos Elíseos.

Rio das Flores
A região começou ser colonizada intensamente a partir do ciclo café. Em 1851, construiu-se uma capela dedicada a Santa Teresa, instituíndo a Freguesia de Santa Teresa de Valença, então distrito de Marquês de Valença.

A região começou a enriquecer muito com as lavouras de café, ao ponto de em 1882 ser inaugurada a estação da Estrada de Ferro Rio das Flores, e em 1890, emancipou-se do município de Valença, tornando-se Vila de Santa Teresa.

Devido à Lei Áurea e à crise econômica do primeiro ciclo cafeicultor, a cidade foi entrando em declínio, sofrendo acentuado êxodo e gradual câmbio do foco produtor para o setor pastoril. Em 1929, a vila foi elevada à condição de cidade, e em 1943 passou a se chamar cidade de Rio das Flores.

Atualmente tem sua economia baseada na agropecuária e no turismo.

Fazenda União
Sede da Fazenda União

Primeiro vamos conhecer a Fazenda União, de 1836, que pertenceu ao Visconde de Ouro Preto. Hoje os barões são outros: o casal João e Rosalina Monteiro dos Reis. Ele, arquiteto, conhecedor e apaixonado pela história do Ciclo do Café. Ela, bióloga e pesquisadora da culinária que se fazia na região no século XIX.

Requinte e bom gosto: marcas da Fazenda União

Em 1991 eles compraram a União, restauraram, recolheram móveis e objetos do tempo do café e hoje têm, ao mesmo tempo, um verdadeiro museu e “uma casa de fazenda que recebe hóspedes”, como prefere definir João. Com dez quartos, a União é muito agradável e bem cuidada. Fazer um tour com o proprietário pelo interior da sede da fazenda é uma aula de história.

A Fazenda União trabalha com o TURISMO HISTÓRICO, a casa está montada para que se possa contar a História do Café no Vale do Paraíba, possui 10 suites decoradas com mobiliário da época e agenda visitas a outras fazendas da região.

Antiga senzala

Santos Dumont
Já Rosalina vê a história por meio da gastronomia, fazendo refeições com receitas resgatadas dos tempos do café e até de Santos Dumont. Sim, o pai da viação vira-e-mexe passava pela cidade. Afinal, para quem não sabe, os pais de Santos Dumont moraram na Fazenda do Casal, dos seus avós maternos. Foi em Rio das Flores, na Igreja de Santa Teresa D’Ávila, que ele foi batizado.

Pergunte à Rosalina a história de como conseguiu estas receitas com um sobrinho-neto de Santos Dumont, Jorge Henrique Dumont Dodsworth. Receitas que, segundo Jorge, o tio adorava, como a farofa de frutas cristalizadas e o suflê de goiabada ou de geléia de goiaba.



Culinária dos tempos do café
Da época da culinária escrava dos tempos do café, a fazenda oferece o pastel de angu (massa de fubá com polvilho e ovos; recheio de carne-seca) e o funduntum, feito com canjiquinha (milho moído em moinho de pedra) e recheado com carne de porco (frango) refogada, com agrião.

No mais, a base é a culinária mineira mesmo e explica-se: muitos dos barões do café vieram de Minas. O carro-chefe é um tal pernil de porco, com batatas caramelizadas (com açúcar mascavo e especiarias) ao forno e farofa. O pernil fica marinando num tempero feito com louro, suco de limão, especiarias, alho e pimenta-do-reino durante dois dias, antes de ir para o forno a lenha onde fica durante várias horas, assando lentamente.

Rosalina (sentada) e o seu pernil de porco

Mas o variado cardápio tem mais: carne-seca; frango cozido com mel, alecrim e mostarda; frango ao vinho (temperado no vinho, grelhado na manteiga e azeite; depois, forno com creme de leite fresco), bacalhau (trazido pelos portugueses, era muito consumido no Brasil colonial); paçoca de carne (feita com farinha de milho); tilápia grelhada com purê de banana ou aspargos ou palmito natural; abobrinha recheada com melado, nata de queijo-de-minas, farinha de rosca e queijo; bolinho de arroz; pato; licores; cachaça; doce de laranja cristalizada, que demora uma semana para fazer, como antigamente.

Bolinho de arroz

Hospedar-se na União é participar de um festival gastronômico por dia. “Costumo pesquisar o perfil do hóspede para fazer um prato, pois tem gente, por exemplo, que não come carne de porco”, diz Rosalina. Por falar em pesquisa, ela tem um cardápio todo especial com café: um delicioso pudim de café, bolo, musse, um molho especial para acompanhar doces e um especial licor de café, “muito consumido no tempo do ciclo do café”, informa.

Pudim de café

Café da manhã
Vamos fechar o nosso cardápio com o café-da-manhã. Para começar, a maior parte dos pães é feita na fazenda, como também a fantástica broa de milho, o pão de queijo, o queijo, as geléias. Como também é da fazenda o leite, o mel (o apiário fica dentro da mata) e a divina manteiga. A fazenda produz várias outras coisas, como aves, porco, verduras e hortaliças orgânicas. O que não produz, Rosalina consegue nas fazendas vizinhas, principalmente nas fazendas da família, como uma cachaça de alambique que vem da fazenda de um dos irmãos. Rosalina procura trabalhar sempre com produtos regionais e naturais.

Geléias,pães e broa de milho. Tudo da fazenda

A União fica a cerca de cinco quilômetros do Centro da cidade. Para chegar até lá, pega-se a Estrada do Abarracamento, uma via alternativa que liga Rio das Flores a Vassouras e Paraíba do Sul. A partir da saída da cidade, são dois quilômetros no asfalto e mais um em estrada de terra, até a entrada da fazenda.


Fonte: Viagem e Sabor

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Combustível do 14 Bis: o café

Foi com o dinheiro da herança da maior fazenda de café da América Latina que Santos Dumont custeou as invenções que fizeram o primeiro avião levantar vôo na Europa. Na fazenda de propriedade do seu pai, o brasileiro teve os seus primeiros contatos com o mundo das máquinas. Adulto, Santos Dumont, conhecido por sua elegância e vaidade, levava sempre consigo uma garrafa térmica com café. Em 1897 fez seu primeiro vôo em um balão como experiência para fazer suas observações e começar a investir na construção dos seus. O vôo era em um balão alugado. Ele fez questão de levar uma cesta com comida, já que não pensava em descer tão cedo do vôo pago. Na cesta fez questão de completar a refeição com o café brasileiro.


Nesta época, o principal café consumido na Europa era o tipo Santos. O nome vinha do Porto de Santos por onde o grão era exportado. Alguns historiadores, porém, apontam que esse nome vinha da marca do café produzido na fazenda de Henrique Dumont.

As experiências com máquinas mais pesadas que o ar eram uma novidade na Europa e mais ainda para Dumont: o 14 Bis era o seu primeiro projeto de aeroplano. Para que o brasileiro chegasse a ser um dos homens mais queridos da Europa, muito dinheiro teve que ser investido. E foi o dinheiro do café brasileiro que abasteceu seus balões e aviões.

O pai de Santos Dumont, Henrique Dumont, foi o engenheiro responsável, durante o reinado do imperador Dom Pedro II, por parte da malha ferroviária da estrada de ferro Central do Brasil que o imperador esticava do Rio de Janeiro a Minas Gerais. Uma função que deu muito prestígio para o patriarca da família e que, aliada à herança que sua mulher, Francisca de Paula Santos, recebera do pai, o levou a ser conhecido como "o rei do café".

O dinheiro da herança do rei do café é que bancou a maior parte dos gastos do filho por toda a sua vida, já que poucas vezes tomava para si os prêmios que ganhava nas conquistas com seus balões. Dumont geralmente os doava aos pobres.

Em seu livro de memórias “Meus Balões”, Dumont desfaz a idéia sobre a precariedade das fazendas de café - a de seu pai chegou a ser a mais desenvolvida da América do Sul. Segundo ele, as máquinas envolvidas na produção da commodity eram o que estava mais próximo do universo que encontrava nas páginas de ficção de Julio Verne.

"Os europeus imaginam as plantações brasileiras como pitorescas colônias primitivas, perdidas na imensidade do sertão, não conhecendo melhor a carreta nem o carrinho de mão que a luz elétrica ou o telefone. Em verdade, há, em certas regiões recuadas no interior, colônias desta espécie, mas não eram fazendas de café de São Paulo. Dificilmente se conceberia meio mais sugestivo para a imaginação de uma criança que sonha com invenções mecânicas", escreveu.

Também contou em seus relatos todo o processo "industrial" do café em seu tempo de criança e adolescência. Como os grãos eram limpos, secos, descascados e ensacados, além de toda a participação das máquinas, balanças, esteiras, pequenos elevadores no processo. Tudo era observado e o funcionamento registrado na cabeça do futuro aviador.

Como não fez nenhuma graduação superior que o ajudasse nas invenções - o que mais tarde lhe rendeu alguns ataques dos cientistas do vôo -, foi o ambiente das máquinas do café que lhe deu as bases de engenharia e mecânica que usou em seus inventos. Observar as máquinas da fazenda, que quebravam com freqüência, fez com que mais tarde ele optasse por usar motores rotativos para suas invenções, por exemplo.

"As peneiras móveis (usadas no processo de secagem dos grãos), com especialidade, arriscam-se a se avariar a cada momento. Sua velocidade bastante grande, seu balanço horizontal muito rápido consumiam uma quantidade enorme de energia motriz. Constantemente fazia-se necessário reparar as polias. E bem me recordo dos vãos esforços que empregávamos para remediar os defeitos mecânicos do sistema. Causava-me espécie que, entre todas as máquinas da usina, só essas desastradas peneiras móveis não fossem rotativas. Não eram rotativas, e eram defeituosas! Creio que foi este pequeno fato que, desde cedo, me pôs de prevenção contra todos os processos mecânicos de agitação, e me predispôs a favor do movimento rotatório, de mais fácil governo e mais prático".

Paul Hoffman, historiador norte-americano que escreveu a biografia de Dumont “Asas da Loucura – a extraordinária vida de Santos-Dumont”, diz que essa preferência pelos motores rotativos o ajudou na construção das máquinas voadoras quando se tornou inventor.

Em outubro de 1901, Dumont ganhou o prêmio Deutsch ao circundar a Torre Eiffel com seu balão dirigível, o Nº 6, que tinha formato de charuto. Foi o ápice de sua popularidade na Europa. Quando pousou, centenas de espectadores jogavam-lhes pétalas. Condessas e a mulher de John D. Rockefeller gritavam entusiasmadas.

Quando saiu da cesta do balão, Alberto Santos Dumont recebeu de um dos espectadores uma xícara quente de café para que brindasse o feito que provava que o homem podia controlar máquinas voadoras. Não seria demais arriscar que o café que tomou vinha da fazenda que o iniciou no mundo das máquinas.

Fonte: site Anba (Agência de Notícias Brasil- Árabe)

Lendas e Histórias do Café

Dizem que o segredo do café e suas virtudes foram guardados pelos árabes por mais ou menos mil anos. Eles, como comerciantes reconhecidos, fizeram deste fruto e de sua bebida um motivo de atração para os viajantes e comerciantes europeus, convertendo o café em importante artigo de comércio. Além disso, o café tornou-se para eles um elemento estratégico durante as noites em que se preparavam para as batalhas.


Não há evidência real sobre a descoberta do café, mas há muitas lendas que relatam sua possível origem.
Lendas e histórias do café

Café forte - dizem que o café foi criado pelo arcanjo Gabriel, que quis oferecer ao profeta Maomé uma bebida que o revigorasse. Parece que o efeito foi bom mesmo: Maomé bebeu o café e tornou-se capaz de derrubar quarenta cavaleiros e conquistar quarenta mulheres. A lenda só não diz quanto o profeta teve que beber para conseguir a façanha!

Café santo - quando o café chegou à Itália, no século XVII, foi boicotado por alguns cristãos fanáticos, que achavam que o produto era uma "invenção de Satanás". Só que, quando o Papa experimentou, gostou tanto que resolveu abençoar o café para vencer Satanás - e tornar o café a bebida cristã.


Café com música - na Alemanha, o café era servido com música. O casamento das duas paixões alemãs é a "Cantata ao Café", composta por Johann Sebastian Bach para ser tocada nos estabelecimentos onde a bebida era servida - as Kaffehaus.

Café misterioso - os turcos conheciam bem o café e foram um dos povos a levá-lo à Europa. Ocuparam Viena, mas tiveram que abandonar a cidade quando chegaram as tropas libertadoras. Foi o maior alvoroço e, na pressa, deixaram várias sacas de um produto misterioso. O que seria? Um homem que já havia vivido no Oriente reconheceu ali o café e aproveitou para vendê-lo, com açúcar e chantilly. Este é o famoso café vienense.

Café brasileiro - O café chegou ao Brasil no século XVIII, envolto em lendas e romance. A fruta, que já era plantada na Guiana Francesa, estava proibida aos portugueses. O sargento-mór Francisco de Melo Palheta foi designado para trazê-la e, conta-se, só teria conseguido porque a esposa do governador da Guiana, apaixonada por Palheta, o teria presenteado com sementes do "ouro negro". Não se pode ter certeza sobre a paixão da primeira-dama, mas seu papel foi fundamental no contrabando das sementes proibidas.


Café brasileiro II - o café foi o produto que veio a substituir a exploração do ouro e da cana-de-açúcar na era pós colonial, acompanhando assim o desenrolar da economia da época. Espalhou-se pela Região Sudeste, em que o clima era bastante propício, e por conta disto surgiram e se desenvolveram importantes cidades. Junto com o desenvolvimento, porém, trouxe o desmatamento. Nossa Mata Atlântica foi dizimada. A Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, é a maior floresta urbana do mundo, mas não sobraria muita coisa para contar a história se não fosse pelo processo de reflorestamento, que recuperou a mata devastada pelas plantações.

Linha do tempo do café

*Lenda de Kaldi, um pastor de cabras que descobre o valor estimulante do café.
*O café, utilizado como alimento cru, começa a ser cultivado em grande quantidade no Yêmen.
*Tribos da Etiópia consomem a fruta macerada, misturada com banha, como alimento.
*Descobre-se a infusão de café. A fruta é mergulhada em água fervida, e esta infusão é usada com fins medicinais.
*O hábito de beber café torna-se popular em Constantinopla, levado pelo Império Otomano.
*Primeiro café do mundo é aberto em Constantinopla, o Kiva Han. As leis turcas permitiam que a esposa pedisse o divórcio caso o marido não fosse capaz de prover um cota de café.
*A bebida é preparada da mesma forma que conhecemos nos dias de hoje. O café se torna popular na Arábia, e como o Alcorão proíbe as bebidas alcoólicas, passa a ser bastante utilizado em cerimônias religiosas.
*Khair Beg, governador de Meca, tenta proibir o consumo de café. O sultão, sabendo do ocorrido, decreta uma lei torna o café uma bebida sagrada e condena o governador à morte.
*O café é levado para Mokha, onde se inicia um grande cultivo.
*Prospero Alpino descreve o cafeeiro no livro De Plantis Aegypti , publicado em Veneza.
*A primeira importação de café para Europa é feita pelos Venezianos.
*A prática da torrefação e moagem de café espalha-se pela Europa. Um dos responsáveis por esta divulgação foi a "Botteghe del Caffè". No Cairo, inicia-se o uso de açúcar para adoçar o café.
*Abre-se o primeiro café de Londres, Pasquar Rose, que causou conflito religioso, já que o café era considerado uma bebida impura por alguns religiosos da Inglaterra.
*Os holandeses conseguem algumas mudas de café de Mokha.
*O café invade a América do Norte, levado pelos holandeses.
*Em Nova Amsterdã (Nova York) e Filadélfia, são abertas as primeiras coffee shops.
*Nova York inicia um grande mercado de grãos de café em Wall Street, a Exchange Coffee House.
*O exército otomano cerca Viena. Franz Georg Kolschitzky, um vienense, escapa do cerco turco e sai em busca de reforço. Os turcos recuam, deixando para trás várias sacas de café que Franz declara suas como "recompensa" pela vitória. Assim é aberta a primeira coffee house de Viena e difundido o hábito de coar a bebida e bebê-la adoçada com leite.
*É aberto o primeiro café de Paris, o Procope, que atualmente é um restaurante em que se pode sentir a tradição das primeiras cafeterias européias.
*Da estufa do jardim botânico de Amsterdã, saem alguns pés de café e, em 1699, inicia-se plantio experimental em Java e posteriormente em Sumatra.
*O rei francês Louis XIV é presenteado com plantas de café pelo burgomestre de Amsterdã. Estas são colocadas na estufa dos jardins de Versailles. Destas mudas, os franceses levam o café para as Ilhas de Sandwich e Bourbon.
*Holandeses levam o café para o Suriname, região nordeste da América do Sul, que se transforma em um grande centro produtor.
*Floriano Francesconi inaugura o café Florian na Piazza San Marco, em Veneza, até hoje uma tradição.
*Gabriel Mathieu de Clieu, capitão da marinha francesa, viaja para a Martinica levando mudas de café. A viagem é longa e algumas mudas morrem. O capitão resolve dividir com elas a sua ração de água para que chegassem ao continente. As plantas sobrevivem à viagem e se adaptam muito bem ao clima local. Infelizmente o capitão, que já tinha 80 anos na época da viagem, não ficou vivo o suficiente para ver o resultado de seus esforços, que deram origem a grandes plantações, que seriam as ancestrais da América.
*Primeira plantação de café em terras brasileiras. O café começa a ser cultivado no Pará, a partir de uma muda trazida do Suriname, por Francisco de Melo Palheta.
*Ingleses iniciam plantações na Jamaica, dando origem ao famoso café Blue Mountain.
*Johann Sebastian Bach compõe a Contata do Café. As cafeterias já haviam se tornado um local para apreciação da música.
*Mudas de Goa são trazidas para o Rio de Janeiro. O café é plantado na Gávea e na Tijuca por João Alberto Castello Branco.
*O cientista alemão Ferdinand Runge descobre a cafeína a partir do café.
*Depois de avançar pelo Vale do Paraíba, o café torna-se uma commodity importante para os brasileiros e chega a Campinas consagrando-a como a capital da cafeicultura paulista.
*Brasil torna-se uma grande potência exportadora de café com 26 milhões de pés plantados.
*Inaugurada a Estrada de Ferro Santos Jundiaí, que unia o principal porto de exportação à região produtora de café.
*Ludwig Roselius coloca no mercado o primeiro café sem cafeína.
*Santos Dumont realiza seu primeiro vôo com o 14 Bis e reforça sua imagem de maior cafeicultor do mundo, conhecido como o "rei do café", divulgando a sua marca "Santos" por toda Europa.
*Com a crise de 29, decorrente da quebra na bolsa, há uma desestabilização do mercado. O financiamento junto aos bancos estrangeiros é interrompido, e os preços despencam, levando o setor para uma enorme crise.
*Começa nos EUA a popularização do café espresso, com a difusão de redes de cafeterias.
*As máquinas de café espresso automáticas ganham presença no mundo todo.
*Brasil atingiu recorde de quase 3 milhões de dólares na exportação de café, tendo a Alemanha superado os Estados Unidos como maior importador.

História do Café por Ana Luiza Martins


História do Café
Ana Luiza Martins
Sinopse

Este livro narra a trajetória de aventura e ousadia da mais saborosa e conhecida bebida em todo o mundo - o café. Desde sua descoberta, a Coffea arabica traçou novas rotas comerciais, criou espaços de sociabilidades até então inexistentes, estimulou movimentos revolucionários, inspirou a literatura e a música, desafiou monopólios consagrados e tornou-se o elixir do mundo moderno, consolidando as cafeterias como referência de convívio, debate e lazer. Com charme, elegância e bom humor, a historiadora Ana Luiza Martins conta a trajetória do café, das origens como planta exótica no Oriente à transformação em produto de consumo internacional. A autora analisa também como o café no Brasil transformou-se na semente que veio para ficar e marcar a nossa história. Mais do que uma atitude simpática de bom anfitrião, oferecer um café é proporcionar uma das mais prestigiosas formas de convívio social que nos é dado a conhecer. Um simples gole dessa bebida torna o leitor parte de uma imensa cadeia de produção, embalada em muita aventura e ousadia.

DADOS DO PRODUTO
TÍTULO: História do Café
IDIOMA: Português.
ENCADERNAÇÃO: Brochura | Formato: 16 x 23 | 316 págs.
ANO DA OBRA/COPYRIGHT: 2008
ANO EDIÇÃO: 2008
AUTOR: Ana Luiza Martins

Império do Café
A grande lavoura no Brasil 1850 a 1890

Ana Luiza Martins

Sinopse

A proposta da coleção História em Documentos é partir da utilização de documentos de época - textos oficiais, cartas, letras de músicas, artigos de jornais e fotos, entre outros - para expor temas relevantes da vida brasileira com a máxima fidelidade. Esses documentos são reproduzidos e comentados pelos autores; com isso, o aluno pode acompanhar e compreender melhor o processo de interpretação e análise dos fatos pelo historiador, aplicando ele mesmo esses princípios no momento de realizar os exercícios propostos.

DADOS DO PRODUTO
Título: Império do Café - A grande lavoura no Brasil 1850 a 1890
Coleção: História em Documentos
Ano: 1990
Edição: 9ª
Número de Páginas: 98
Formato: 14 x 21
Editora: Atual
Acabamento: Brochura
Idioma: Português

Ana Luiza Martins

Doutora em História Social pela FFLCH-USP, historiadora do CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo). Escreveu, em co-autoria com Tania Regina de Luca, Imprensa e cidade. Autora de Revistas em revista: imprensa e práticas culturais em tempos de República - 1890-1922, publicou pela Contexto mais dois livros: No despertar da República e História do café.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

FRAN'S CAFÉ no Mato Grosso do Sul

Os últimos levantamentos da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) apontam que a região Centro-Oeste do Brasil, que compreende o estado do Mato Grosso do Sul, é responsável pelo consumo de 18.815 toneladas de café (nos formatos torrado e moído solúvel, capuccino ou com leite) por ano.

O hábito de tomar café deixou de ser apenas uma rápida passagem pelas cafeterias. Hoje, é possível aliar o cafezinho a momentos de lazer em espaços como o FRAN’S CAFÉ. Em dezembro de 2008, a capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, recebeu uma franquia da cafeteria Fran's Café. A rede em franca expansão já possui mais de 100 lojas por todo o país.



A paixão por café é um fato e o Brasil ocupa hoje o segundo lugar no ranking de consumo mundial, além de ser o maior produtor e exportador do mundo. De acordo com a ABIC, o consumo de café no Brasil cresceu 25% este ano, mais que o dobro da média mundial.

O consumo per capita no país já passou dos 5,5 quilos ao ano, nível que pode ser comparado a mercados mais desenvolvidos como o alemão, o francês e o italiano. Atualmente 9 em cada 10 brasileiros com idade acima de 15 anos bebe café, o que faz dele a bebida mais popular do país, à frente dos refrigerantes e até do leite. No Brasil, o café só perde para a água.

O Fran's Café
A primeira loja Fran's Café foi inaugurada em 1972 no centro de Bauru, cidade do interior de São Paulo por Francisco Conte, um apaixonado por café que decidiu investir numa fatia de mercado ainda pouco explorada. Ele inovou o conceito de cafeteria, numa época em que tomar café era apenas coar o pó e servir bem quente, e se tornou referência. A satisfação dos clientes foi tanta, que pouco tempo depois Francisco Conte abriu uma filial na rodoviária da cidade. Além do ambiente charmoso da primeira loja, ele incorporou a novidade do atendimento 24 horas. Sucesso absoluto!



Em 1988 Francisco associa-se a José Henrique e traz a concepção de café com requinte para São Paulo. A nova loja é instalada em um dos cartões postais mais cobiçados da cidade, o imponente Edifício Itália.

Já com a marca Fran's Café consolidada, em 1992 as lojas integraram um sistema de franchising. O conceito de atendimento 24 horas que combinou perfeitamente com o cotidiano paulista, aliado ao alto padrão de atendimento, aos produtos de qualidade e ao ambiente aconchegante conquistaram de vez os paulistanos e aos poucos se espalham por todas as cidades do país.

O Cardápio
O cardápio da rede vai muito além do café expresso, com diversas opções de bebidas quentes e geladas à base de café e cacau, café da manhã, lanches, petiscos, saladas, refeições e sobremesas deliciosas. Desde os refrescantes smoothies de diversos sabores, sodas italianas e mate gelado, às tortas geladas light, como a tripla mousse de chocolate, o cardápio oferece opções para todos os paladares.

Destaque para o cardápio especial de cafés, com mais de 10 opções da bebida, que vão desde o expresso com marshmallow (Café bombom), passando pelo Cappuccino Mescla (com chocolate meio amargo e branco, além de expresso e leite cremoso), Café Vienense (bebida com sabor mais forte, que leva chocolate meio amargo, licor de chocolate e canela), Café Silvestre (sorvete de creme, syrup de amora, expresso, chocolate branco e chantily), Café Bianco (chocolate branco, expresso e leite cremoso), até o exclusivo Franccino, café gelado que pode vir nos sabores coffee, doce de leite, mocha, toffee, ou cookie, coberto com chantilly e decorado com calda de chocolate.

Entre as delícias que podem acompanhar ou complementar o café, a rede tem opções brasileiríssimas como queijadinha de coco e broa de milho, ou ainda, croissant de chocolate. Quem prefere os salgados encontra diversas opções de pães, como os tradicionais e mineiros pães de queijo, pão de batata, tortas e quiche com tomate gratinado.

Curiosidade sobre o Fran's Café

A marca Fran's Café é genuinamente brasileira, apesar de muitas pessoas associarem o nome Fran's à uma marca francesa , até mesmo pelo padrão charmoso das lojas, que remetem aos famosos cafés parisienses. Na verdade Fran é o apelido de Francisco Conte, o idealizador deste projeto que se tornou na maior rede de cafeterias do país.

A charmosa rede de boutiques de café é uma ótima opção para reuniões de trabalho, encontro com amigos, ou apenas tomar um café sozinho e ler o jornal.

O primeiro Fran's Café foi inaugurado em 1972 na cidade de Bauru, em São Paulo e hoje a rede de franquias possui mais de 100 lojas pelo Brasil.


Serviço
Para localizar a loja mais próxima:

Atendimento ao consumidor aqui.
11 4191 3141

Central de Franquias aqui.

Fonte: aqui

Material Promocional Fran's Café (2007)
Texto de abertura para guia de simpatias com café, material promocional criado para a rede Fran's Café.
Direção de criação: Ricardo Tronquini e Raquel Ferro
Direção de arte: Mariana Cestari

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Café com Frase



O café é tão grave, tão exclusivista, tão definitivo
que não admite acompanhamento sólido. Mas eu o driblo,
saboreando, junto com ele, o cheiro das torradas-na-manteiga
que alguém pediu na mesa próxima.
Mário Quintana

Esnobar
É exigir café fervendo
E deixar esfriar.
Millôr Fernandes

A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor.
Immanuel Kant

Consumo de Café em Casa


Abalado com crise econômica global, o setor de café vive um instante de pausa. Não há queda no consumo, mas uma perda de ritmo de crescimento e uma transferência de consumidores das cafeterias especiais para os próprios lares, onde o gasto é menor. Essa regra não vale para todos. A maior transferência ocorre nos países ricos, os mais afetados pela crise e onde houve maior perda de renda.

O Brasil caminha na direção inversa, e parte dos consumidores continua trocando o coador pelas máquinas e os cafés especiais. "A situação está muito difícil. Com a crise, o consumo em bares, restaurantes e hotéis caiu 15% na Itália", diz Giuseppe Lavazza, vice-presidente da italiana Lavazza, uma das líderes na Europa. Andrea Illy, da também italiana Illycaffè, confirma a queda, mas avalia que "é um fenômeno passageiro".

O consumidor volta às compras de café nos supermercados e migra para o consumo caseiro nos países ricos porque o custo é bem menor, diz Gabriel Silva Luján, da Federação dos Cafeicultores da Colômbia. No mundo, uma xícara de café fora de casa custa US$ 2,10 em média - bem acima do US$ 0,35 a US$ 0,50 gasto quando preparado em casa, diz ele.

A transferência de consumo de café para o lar aumenta também nos Estados Unidos, mas esse fenômeno não depende apenas da crise, diz Sydney Marques de Paiva, diretor-presidente da Café Bom Dia , empresa que tem uma unidade de produção em Seattle (EUA). O mesmo ocorre na Itália, onde o consumo no lar, mesmo que tenha se acentuado na crise, é um fenômeno que já vem ocorrendo devido às boas condições para se preparar um café de qualidade em casa, diz Roberto Ricci, dono da Sant'Eustachio, tradicional cafeteria há 70 anos no centro de Roma.

O Japão não ficou imune à crise. As cafeterias do Café do Centro registraram leve queda de movimento no país. A empresa concorda com Illy, de que se trata de fenômeno passageiro, e, por isso, mantém os investimentos programados para a Ásia, afirma Rodrigo Branco Peres, diretor da Café. Ricci, que além da cafeteria, tem uma torrefadora à lenha e revende café para consumo em casa, diz que, quanto melhor for o café consumido no lar, mais os consumidores vão procurar as cafeterias quando estiverem fora de casa. Na cafeteria, "o preparo é uma arte", diz.

Velocidade menor

Na verdade, o setor de café já tinha se acostumado a uma confortável velocidade de crescimento no consumo mundial nos últimos anos. Veio a crise e "os 2% ou 2,5% esperados podem ficar em 1%", diz Carlos Brando, especialista no setor. Mas 1% não é um número desprezível, diz Guilherme Braga, do Cecafé, órgão dos exportadores. "Será mais 1,3 milhão de sacas." O consumo mundial anual gira próximo de 130 milhões de sacas.

As empresas brasileiras ainda buscam os efeitos da crise no país, mas o consumo nacional de café tradicional cresceu 6% de janeiro a abril, "uma taxa surpreendente, principalmente por ser verão", diz Nathan Herszkowicz, da Abic (associação da indústria do setor). E, quando se trata de cafés especiais, também "não há crise", diz Marco Suplicy, da Suplicy Cafés Especiais. "O frio ajuda, e nosso Natal [em referência ao melhor período do ano para o café] avança muito bem."

O estágio "mais maduro" da economia brasileira, a descoberta do café gourmet arábica pelo grande público e os preços acessíveis são os grandes sustentáculos do consumo de cafés especiais no país, que não caiu. A avaliação é de Ricardo Carvalheira, presidente da Starbucks Coffee no Brasil, empresa que não pisou no freio nos investimentos por aqui, ao contrário da matriz, que faz ajustes.

Martín Pereyra Rozas, diretor-geral da Nespresso Brasil, diz que "as nuvens negras do final de 2008" não amedrontaram e a empresa elevou os investimentos. Há dois anos no Brasil, a Nespresso obteve o maior crescimento da história da companhia em um país. Para Rozas, o mercado está muito bom e os cafés especiais não são uma novidade para o consumidor brasileiro, mas "uma evolução". Em um país onde 94% das pessoas consomem café, está havendo a transferência do café tradicional para os especiais, diz ele.


Ana Cláudia Bestetti, do Café do Porto, de Porto Alegre, chegou a ficar preocupada em fevereiro, mas o consumo de maio já superava em 12% o de 2008. Se depender do interesse de empresas e de novos profissionais que buscam a especialização em fazer um bom café, o consumo está garantido. Edgard Bressani, da Ipanema Coffees e da Associação Brasileira de Café e Barista, diz que o número de empresas associadas saltou de 15 para 100 em um ano, e as cafeterias especiais agora avançam para o interior.

As informações são de Mauro Zafalon, da Folha de S. Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe CaféPoint.

Cafés especiais do Norte Pioneiro


Enquanto o café tradicional tem um aumento de consumo de 1% ao ano, os cafés especiais têm atingido uma marca de crescimento de 15% a 20% nos últimos anos

Cafés especiais do Norte Pioneiro ganham evento em Curitiba

O Mercado Municipal de Curitiba realizou a primeira edição do evento ‘Avenida do Café’, que reúne 12 estandes em uma área de 500 metros quadrados, onde os visitantes podem conhecer toda a cadeia produtiva do café, com destaque para os cafés especiais produzidos no norte pioneiro do Paraná.

A feira, de quinta-feira (6/08/2009) até domingo (9), foi realizada pela Prefeitura de Curitiba, com apoio do Sebrae/PR, Sistema Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (ACENPP) e entidades parceiras.

Durante os dias da feira, os visitantes podem também saber mais da história do café e acompanhar todo seu processo produtivo, desde o momento da plantação, passando pela colheita, processos de seleção e torrefação, até seu consumo final. Além disso, todos os dias, às 15 horas, os estandes oferecem um espaço para prova de cafés, por especialistas e pessoas interessadas, como forma de avaliação comparativa da qualidade dos produtos.

Para o consultor do Sebrae/PR em Jacarezinho e gestor do projeto Cafés Especiais do Norte Pioneiro, Odemir Vieira Capello, o principal objetivo da participação da entidade na feira está na divulgação do conceito de cafés especiais para o público paranaense que, embora seja grande consumidor de café, em sua maioria, não conhece esse tipo de especialidade.

“O brasileiro, de forma geral, não conhece a diferenciação dos grãos especiais e não possui o hábito de frequentar cafeterias, como ocorre em diversos países. Acreditamos que Curitiba é um excelente pólo de consumo de cafés especiais, mas muitos dos estabelecimentos que servem esse tipo de produto acabam utilizando grãos de outras regiões, como Minas Gerais e São Paulo, por que desconhecem a qualidade do café especial do Norte Pioneiro do próprio Estado”, explica.



De acordo com Flávia Rodrigues, engenheira agrônoma e produtora da Fazenda Califórnia, em Jacarezinho, norte pioneiro do Paraná, a participação no evento é importante, pois fomenta investimentos e a busca de estabelecimentos especializados na venda de cafés especiais, a partir do estímulo ao consumidor final. “Muitas vezes o consumidor europeu, por exemplo, conhece as características dos cafés especiais brasileiros melhor do que a população local. Eventos como esse estimulam o consumo desse tipo de café, já que servem como explicativo da especialidade dos grãos e formas de consumo”, afirma.

Fabio Doria Sactolin, proprietário da Fazenda Vale das Palmeiras, acredita que o público curitibano, em especial, está aprendendo a reconhecer o aroma e o sabor dos cafés especiais e estimula a implantação de uma nova cultura com foco nos cafés de qualidade. “Queremos que os cafés especiais sigam os passos dos vinhos que, há pouco tempo atrás, não eram tão reconhecidos no Brasil. Hoje, existem muitos especialistas e pessoas que reconhecem vinhos de qualidade. Nossa expectativa é que, em breve, isso também ocorra com os cafés”, aposta Fabio Sactolin.

Empresário da empresa de torração e venda de cafés especiais Black Bourbon, Gilberto Lago, que revende para cafeterias, lojas especializadas em produtos gourmet, restaurantes e hospitais, também aposta na nova tendência de mercado. “Enquanto o café tradicional tem um aumento de consumo de 1% ao ano, os cafés especiais têm atingido uma marca de crescimento de 15% a 20% nos últimos anos. É um novo mercado que se forma e espero que essa tendência vire mania”, comemora.

O Paraná se destacou como um dos principais produtores de café do País em 2009, com mais de 158 mil toneladas de grãos, com destaque para o Norte Pioneiro, responsável pela colheita de aproximadamente 50% do total. Atualmente, a região paranaense conta com 7, 5 mil produtores de pequenas propriedades, distribuídos em 45 municípios.

De acordo com análise do Iapar, o café do Norte Pioneiro é classificado como leve, encorpado, com intenso aroma e sabor, doce, caramelado, com acidez moderada e levemente amargo. A região se destaca por sua altitude (acima de 500 metros), latitude (23o Sul) e temperatura entre 20 e 22 graus.

O Programa Cafés Especiais do Norte do Paraná nasceu a partir da articulação do Sebrae/PR, Associação Paranaense de Cafeicultores (APAC), FAEP e Emater, tendo como objetivos principais produzir cafés com atributos únicos, divulgar o nome da região como área tradicional na produção de cafés de excelente qualidade e organizar os cafeicultores de forma a proporcionar melhores condições de produção e comercialização dos grãos, através de associativismo, técnicas de gestão de propriedades, certificação, inovação tecnológica e marca territorial.

Café por Van Gogh

Terraço do Café à Noite (Place du Forum, Arles, à Noite) - Vincent van Gogh, 1888 - Museu Kröller-Müller

Terraço do Café à Noite, cujo nome completo é O Terraço do Café na Place du Forum, Arles, à Noite, é uma das mais famosas obras do pintor holandês Vincent van Gogh.

Van Gogh é considerado pioneiro na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas, sendo a sua influência reconhecida em variadas frentes da arte do século XX, como por exemplo o expressionismo, o fauvismo e o abstraccionismo.

O Museu Van Gogh em Amsterdã é dedicado aos seus trabalhos e aos dos seus contemporâneos.

A tela Terraço do Café à Noite foi finalizada em setembro de 1888, sete meses após a chegada de Vincent à cidade de Arles, no sul da França, vindo de Paris. Como o próprio pintor observou em uma carta dirigida à sua irmã Wilhemina, embora se trate de uma paisagem noturna, caracteriza-se pelo uso de cores mais vivas.

Podem ser encontradas semelhanças, principalmente em relação à perspectiva e ao uso das cores, com Avenida Clichy: Cinco Horas da Tarde, obra de 1887 do francês Louis Anquetin. De fato, os dois artistas conviveram durante um tempo em Paris, onde travaram amizade e influenciaram-se mutuamente no desenvolvimento de diferentes técnicas de pintura.

A tela costuma ser comparada com outras duas de Van Gogh que também retratam um céu estrelado: Noite Estrelada Sobre o Ródano (1888) e A Noite Estrelada (1889). O mesmo vale, também, para o seu Retrato de Eugene Boch (1888).

Ainda hoje o café da pintura pode ser encontrado no mesmo local, sob o nome de “Café Van Gogh”. No início dos anos 90, sua fachada foi pintada em tons de verde e amarelo, aproximando-a da forma com que é vista no quadro.

Outras leituras do café por Van Gogh
Night Cafe by Vincent Van Gogh

Van Gogh - Agostina Segatori Sitting in the Café du Tambourin, 1887

O novo mundo que Van Gogh foi encontrar em Paris permitiu-lhe tomar contacto com artistas como François Millet e Delacroix; Conheceu Toulouse-Lautrec, que tinha um particular gosto em retratar a vida dos Cafés parisienses.

Agostina Segatori era a propietária do Café du Tamburin no Boulevard de Clichy, onde Van Gogh terá exposto pela primeira vez os seus trabalhos, em Paris. Apesar de com ela ter tido um affaire, terá pago em quadros de motivos florais as refeições que fazia no Café.

Café Van Gogh

Doce como uma maçã do amor comprada num parque de diversões, "Café Van Gogh" é um livro, de CYNTIA RYLANT, dedicado para crianças e adultos, a fim de se deliciarem com a magia que o livro contem. O Café Van Gogh é um lugar recheado de acontecimentos extraordinários. Nele todos os dias são mágicos. A chegada de um gambá, de crianças, jovens, velhos. Tudo é fascinante. Saborei "Café Van Gogh" e se deixe levarpelno embalo e sonoridade das palavras que o preenche.

Cafés Van Gogh:
Van Goghs Ear Café
Café Van Gogh
Van Gogh Madrid
Van Gogh Coffeehouse
Bar/Pub Van Gogh