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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Café com design



A história da Octavio Café tem raízes profundas. Ela começa na década de 1940 com o sonho de Octavio Quércia de produzir café de alta qualidade em Pedregulho, na região da Alta Mogiana.

Um Pouco de História

Antes de Octávio produzir o seu café, Giusepe e Vicente Quércia, avô e pai de Octavio, que vieram da Itália em 1890, já cultivavam um pequeno cafezal no município de Brodowski no início do século passado. 

A escolha do nome Octavio também coincidiu com os resultados de um estudo da Universidade de São Paulo (USP) sobre avaliação sensorial da bebida do café. Neste estudo, oito atributos do café (aspecto, torração, aroma, corpo, acidez, bebida, doçura e conceito), foram analisados resultando em um gráfico na forma de um octógono, no qual o município de Pedregulho, onde são produzidos os cafés e blends da Octavio Café, alcança um equilíbrio único na produção de café.


Na década de 40, Octavio Quércia, um dos filhos de Vicente, seguia a tradição da família cultivando café em Igaçaba, Distrito de Pedregulho, região de Franca, na Alta Mogiana. Conhecedor da natureza, Octavio sabia que a alta qualidade das terras de Pedregulho, sede do município, a 1036 metros de altitude, possibilitaria o cultivo de um café especial e isso o levou a mudar-se para Pedregulho, onde adquiriu uma nova propriedade. 

No final da década de 90, Orestes Quércia, filho de Octavio Quércia, começa a dedicar-se também à fazenda, implementando o cafezal. Em 2002, com a morte de Octavio Quércia, assume as atividades e implanta uma nova dinâmica ao Café Octavio. O objetivo agora é a criação de uma marca mundial de café de origem brasileira. 


Logomarca: Octávio Café

Uma avaliação dos cafés produzidos na região da Alta Mogiana, utilizando as metodologias propostas pela Organização Internacional do Café, comprovou que os blends da Octavio Café possuem os melhores índices nos oito principais atributos que determinam a qualidade da bebida: aspecto, torração, aroma, corpo, acidez, doçura, conceito e bebida. Este resultado coloca os blends da Octavio Café entre os melhores cafés especiais.

Este octógono e o nome de Octavio Quércia serviram de inspiração para a definição da marca Octavio Café. O símbolo, que é um grão, lembra a assinatura de Octavio Quércia e o nome por extenso mantém a forma cursiva, como se fosse escrita por ele. As cores marrom laranja e dourado expressam o café, o calor da bebida e nobreza da marca.



A Arte de Degustar Cafés Especiais

Cada vez mais o brasileiro está tomando gosto pela arte de degustar cafés especiais. A previsão é a de que, nos próximos anos, o consumo de cafés especiais passe de 5 para 15%. Para acompanhar o crescimento desse nicho, a paulista Octavio Café montou o ambiente perfeito. Além do cardápio de cafés premium, a cafeteria se diferencia pelo estímulo a experiências sensoriais, gustativas e visuais, cujo projeto interior é de Marcello Dantas, o mesmo responsável pelo Museu da Língua Portuguesa. O espaço é interativo, com recursos multimídia, e há inclusive ambientes para reuniões e aulas sobre café.

1. O edifício, projetado pelo escritório de arquitetura Seragine Farné Guardado, é curvo e inclinado, e lembra tanto um coador de café quanto uma xícara. Os tons usados dentro da loja vão desde o grão verde ao grão torrado, passando por todas as tonalidades do ciclo de vida do grão de café. A pintura é uma textura especial feita de terra sem aditivos químicos. O projeto venceu a edição brasileira do IDEA – International Design Excellence Award.

2. A “Rampa do Conhecimento” traz frases sobre o universo do café.

3. Degustar um café também pode ser um momento bem individual. Aqui, poltronas onde cada um pode ouvir seu próprio iPod. Detalhe: todo o edifício tem tratamento acústico que suaviza o som ambiente.

4. Uma ampla gama de recursos tecnológicos e conceituais é usada para oferecer durante a visita uma experiência única com o café, como o “Livro Virtual”, que projeta imagens de todo o processo de produção do café: os cafezais, a colheita, a seleção dos grãos, a torrefação; e o “Painel Aromático”, onde estão expostas 36 variações de aromas do café.

5. A cafeteria oferece um leque de ambientes: salão principal para o cafezinho rápido após o almoço, área com mesas, lounge, jardim interno, lounge externo com lareira para os dias frios e uma área com mesas no deque. Passam por lá semanalmente 3 mil pessoas – a um ticket médio de R$ 40.

6. A mesa reconhece a presença do cliente e ilustra em seu tampo-tela imagens relacionadas ao mundo do café. 

7. No andar superior estão os ambientes técnicos, como a sala de reunião e a Universidade do Café com uma programação intensa de cursos.

8. Na caixa de vidro e madeira está localizado o balcão, coração da cafeteria. Desde a inauguração da casa, em novembro de 2007, foram servidos 87 mil xícaras de café expresso. Na carta de café – assinada por Silvia Magalhães, três vezes campeã brasileira de barista –, várias opções, desde o coado, turco, à italiana e o french press, até drinques e blends para degustação. O cardápio do almoço e jantar tem toques bem brasileiros. Destaque para o fi lé a café. A fonte borbulhante com água aquecida simula um gêiser.

9. O torrador de café, hoje em uma das salas da UniOctavio, se encarrega de espalhar o aroma por todo o ambiente.

10. Os uniformes dos atendentes são criação do estilista Marcelo Sommer, que se inspirou nas cores e texturas dos grãos de café. Cerca de 60 pessoas trabalham no estabelecimento.



Fique por Dentro:

*O Octavio Café foi eleito pelo "Guia da Folha de São Paulo", como a melhor cafeteria de São Paulo.

Fonte: DCI

*O Octavio Café, a melhor cafeteria de São Paulo, de acordo com o jornal Folha de São Paulo, venceu a edição brasileira do IDEA-International Design Excellence Award, maior premiação de design dos Estados Unidos. 

Além disso, o Café Octavio foi o primeiro colocado no Campeonato Brasileiro de Baristas, em 2006, e um dos mais destacados no World Barista Championship, em Tokyo, em 2007. No último campeonato brasileiro de barista conquistou o título de melhor espresso do Brasil. Além disso, já possui 3 importantes selos que atestam sua qualidade (ele foi classificado com 80 pontos pela SCAA – Specialty Coffee Association of America; e tem as certificações internacionais da Rainforest Alliance e Utz Kapeh, de responsabilidade sócio-ambiental). 

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Um bolo para quem a gente ama



Tem gente que faz bolo porque,
mesmo não tendo dons de doceira,
não lhe falta força de vontade.

Tem gente que faz bolo simples,
daqueles pra tomar com café.

Tem gente que faz bolo
porque acredita que dentro dele
cabem todos os sentimentos do mundo.

Tem gente que faz bolo pra dar de presente.
Tem gente que faz bolo com fruta amarela,
porque sabe que são as preferidas dela.

Tem gente que faz bolo e desenforma,
e embala com fita xadrez alegre.

Tem gente que faz bolo para abraçar
(bolo abraça, não sabia?),
para adoçar a vida de quem
acaba de perder alguém que ama.

Tem gente que faz bolo
quando as palavras já não bastam,
e quando não há mais nada
que possa ser feito para confortá-la.

Tem gente que faz bolo
porque ama demais a pessoa e quer que,
no momento em que ela coma uma fatia dele,
se sinta exatamente assim: amada.

Tem gente que faz um bolo pra dizer
"eu estou aqui e você pode sempre contar comigo".



Fonte: Rainhas do Lar

Na frase "daqueles pra tomar com café" coloquei o link do blog A casa da Dedy vale a pena conferir a receita do Bolo de Fubá perfeito para tomar com café!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Museu do Café


Eu queria visitar um lugar assim... um centro histórico com apresentação de documentários, exposições, livraria, biblioteca, arquivo, acervo, centro de preparação do café, degustação e música ao vivo, entre outras atividades e serviços que considero interessantes.

O Museu do Café, situado a Rua XV de Novembro nº 95 - no Centro Histórico de Santos, é uma Organização Social ligada à Secretaria de Estado da Cultura. O museu conta em seu acervo obras de Benedito Calixto (painéis e vitrais), além do espaço para exposições temporárias. Aberto a visitação de terça a sábado das 9h às 17h. Aos domingos, funciona das 10h às 17h. Os ingressos para visitação custam R$ 5. Estudantes e pessoas acima de 60anos pagam meia-entrada.

Um Pouco de História
O prédio do Museu do Café começou a ser construído em 1920. Ele foi inaugurado no dia 7 de setembro de 1922 em comemoração ao centenário da Independência do Brasil. O edifício foi erguido em Santos porque, na época, a cidade era a maior praça de café do mundo e muitos países só aceitavam comprar o produto se ele fosse negociado e chancelado na Bolsa Oficial de Café.

O local funcionou até 1986, mas ficou fechado em alguns períodos, como em 1929, na Quebra da Bolsa de Nova York; em 1932, durante a Revolução Constitucionalista e a II Guerra Mundial.

O último pregão aconteceu na década de 1950, quando os negócios do café foram transferidos para a cidade de São Paulo. Mas até 1986, quando foi desativado, funcionou para a divulgação da cotação do café no mercado internacional. Depois de dez anos fechado, o Museu do Café foi restaurado em parceria com o Governo Mário Covas. Foram 14 meses de trabalho até a reinaugação realizada em 25 de setembro de 1998.

Atualmente ele é mantido pela Associação dos Amigos do Museu do Café. No acervo estão obras de Benedito Calixto (painéis e vitrais), além do espaço para exposições temporárias. Dentro do projeto museológico estão: a livraria, biblioteca e arquivo, o acervo e o centro de preparação do café.

O Museu do Café é também referência de qualidade na comercialização do café, através de sua cafeteria. Com fluxo diário de 600 pessoas, são vendidas, em média, 450 xícaras de café por dia. A procura pelo grão torrado ou moído também é grande e alcança 60 quilos diários.

Exposições

Exposições Temporárias
A trajetória das correntes imigratórias no Brasil
A trajetória das correntes imigratórias no Brasil em exposição de 18 de fevereiro a 02 agosto de 2009, retrata a chegada dos trabalhadores europeus ao país atraídos pelas oportunidades de trabalho nas lavouras de café e incentivados por publicidades positivas sobre a emigração para Brasil em nações como Itália, Espanha, Portugal, Áustria, Suíça e Alemanha. A exposição - que contextualiza também a posterior chegada dos imigrantes japoneses, em 1908 - conta com imagens, ferramentas e documentos que ajudam a compreender a chegada e a adaptação dos trabalhadores europeus à nova realidade cultural e a uma filosofia de trabalho ainda impregnada pelo escravismo.

Na trilha do café
Na trilha do café em exposição de 15 Abril a 30 Julho de 2009, tem como foco a prosperidade trazida pelo café ao interior do estado de São Paulo gerando impactos econômicos significativos, especialmente em Ribeirão Preto, onde fez emergir uma nova classe social, a dos burgueses. No entanto, a história registrada na mostra começa bem antes, com a chegada das primeiras mudas de café ao Brasil - no estado do Pará - até o avanço gradual que leva a cultura ao interior paulista.

Exposição Permanente
Permite ao visitante uma verdadeira viagem no tempo. O passeio pela história começa com a chegada das primeiras mudas da planta ao País e passa pela profissionalização das plantações e da mão de obra. Fotografias, maquetes e paineis ajudam a contextualizar a riqueza trazida pelo café e o desenvolvimento impulsionado pela cafeicultura, como a expansão da malha ferroviária no Estado de São Paulo, por exemplo.

Eventos/Cursos

Curso de Barista
Janeiro a Dezembro de 2009
das 9h30 às 12h e das 13h às 16h
Valor do Curso: R$ 300,00

Curso de Latte Art
Janeiro a Dezembro de 2009
das 9h30 às 12h e das 13h às 16h
Valor do Curso: R$ 200,00

Curso de Preparação de Café Espresso
Janeiro a Dezembro de 2009
das 9h30 às 12h e das 13h às 16h
Valor do Curso: R$ 200,00

Cafeteria
O Museu do Café, além de um dos principais responsáveis pela preservação da história do café no Brasil, é também referência de qualidade na comercialização do produto, através de sua cafeteria. Com fluxo diário de 600 pessoas, e venda de aproximadamente 450 xícaras de café por dia, a Cafeteria do Museu é premiada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) com o status Premium, dentro do programa de abrangência nacional Circulo do Café de Qualidade. Além disso, por dois anos consecutivos, recebeu da revista Veja o título de Melhor Cafeteria da Baixada Santista.

Por esses e tantos outros motivos, a Cafeteria do Museu é parada obrigatória para turistas e moradores da região que passam pelo Centro Histórico de Santos. Localizada no piso térreo do edifício da Bolsa Oficial de Café, a Cafeteria do Museu oferece um ambiente agradável e aconchegante, ideal para saborear um bom café. No entanto, seu cardápio vai muito além do tradicional “espresso”.

O consumidor pode escolher, através de expositores, o tipo de café que irá comprar, para levar ou mesmo apreciar na hora. Para isso um torrador "in door" torra o café desejado.

Além de selar sua visita com "um bom cafezinho", a Cafeteria do Museu oferece um cardápio com pães finos, doces, salgados, e todo o tipo de bebida executada com café, e ainda, disponibiliza um Cyber Café com dois computadores onde os visitantes e turistas podem acessar os serviços de internet.

São diversas opções de bebidas quentes e geladas, drinks e doces a base de café, sanduíches e salgados, além de cafés das mais variadas regiões produtoras, para saborear na hora ou levar para casa. É também na Cafeteria do Museu que o visitante pode escolher um souvenir para guardar de lembrança. São objetos personalizados, como xícaras, camisetas, entre tantas outras opções. Ideal para levar de recordação ou presentear pessoas especiais.

Cardápio especial
Dicas de preparo de café
Conheça os cafés vendidos na Cafeteria do Museu
Entre em contato e saiba como adquirir o café da Cafeteria do Museu

Programação Especial
A nova opção de lazer é realizada nessas férias de julho, aos domingos, das 15h às 16h30, na tradicional cafeteria do Museu do Café. A programação oferece um cafezinho tipo exportação e música de qualidade como parte do projeto Café com Música.

A primeira apresentação no dia 05/07 trouxe Cláudio Ricardo e Jaime Augusto, piano e trompete contagiano o ambiente com Bossa Nova, Jazz e Clássicos Internacionais, no dia 12o saxofonista Daniel Cancello e o pianista Théo Cancello com jazz, bossa nova e chorinho. No dia 19 o cantor e violinista Conrado Pouza que terá no repertório os clássicos da MPB. Já o último dia do projeto dia 26 touxe o Concerto de Rua, apresentando ao público a sua formação de violino, viola erudita e violoncelo com música clássica e MPB.

A iniciativa do Café com Música é do Museu do Café, uma organização social ligada à Secretaria de Estado da Cultura, com patrocínio das empresas Tecondi e Termares. Considerada referência nacional de qualidade no serviço e comercialização de café, a cafeteria é uma das atrações do museu que fica dentro da imponente Bolsa Oficial de Café. Quem visita o espaço encontra também um acervo com mais de 2 mil itens, entre fotos, objetos e produtos; a Sala de Pregões; o vitral e painéis com as fases da história de Santos pintados por Benedicto Calixto.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Escultura de Coador de Café Usado



Escultura feita de coadores de café usados, com a forma do mapa do Brasil. Na Chocolateria, de Cilene Monteiro Lupi, Profissional atuando na área de Arquitetura e design de interiores, construção e paisagismo a mais de 25 anos. Membro de associações ligadas a área, cursos extra curriculares no Brasil e Exterior. Participação em eventos e mostras como Artefacto, Equipotel, etc. Atuando em obras residenciais, comerciais e corporativas como restaurantes e hotelaria..

Café por Candido Portinari

Candido Portinari (1903 - 1962) importante nome da Arte Moderna no Brasil, dedicou-se à pintura retratista, histórica e crítica, tornando-se um grande acusador da injustiça social. Em quase 5 mil obras, de pequenos esboços a gigantescos murais, Portinari legou ao nosso imaginário uma ampla síntese crítica de todos os aspectos da vida brasileira. Reconhecido tanto no Brasil quanto no exterior, Portinari fixou para sempre a fisionomia da sua terra e do seu povo.

"Vim da terra vermelha e do cafezal.
As almas penadas, os brejos e as matas virgens
Acompanham-me como o espantalho,
Que é o meu auto-retrato.
Todas as coisas frágeis e pobres
Se parecem comigo.”
-
Candido Portinari
Portinari com a esposa, Maria, no seu atelier no Rio de Janeiro, 1931

Candido Torquato Portinari (Brodowski, 29 de dezembro de 1903 — Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1962) foi um pintor brasileiro. Portinari pintou quase cinco mil obras, de pequenos esboços a gigantescos murais. Foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.

- Peneirando café, Candido Portinari

Portinari nasceu numa fazenda de café, Santa Rosa, no interior de São Paulo. Filho dos imigrantes italianos Giovan Battista Portinari e Domenica Torquato, que tiveram doze filhos, sendo ele o segundo. De família humilde, cursou apenas o primário, porém desde criança manifestou sua vocação artística. Aos seis anos de idade, Portinari começa a desenhar. Para o menino Candinho, a profissão chegou quase como brincadeira. Primeiro, foi um leão que desenhou na aula. O desenho foi comentado por professores e alunos. Não o deixaram mais em paz: teve que desenhar a capa das provas a serem expostas no final do ano.

Tempos depois, vieram de Ribeirão Preto uns pintores italianos para trabalhar na restauração da igreja de Brodowski. O menino Portinari, com apenas nove anos, os ajudou por vários meses, enchendo o fundo do altar de estrelas. O que mais gostava era de misturar as tintas. Aos dez anos, desenhou o retrato de Carlos Gomes, como via numa caixa de cigarros.

Em 1918 Portinari, também chamado carinhosamente de "Candinho" pela família, viajou para São Paulo, para ingressar no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Com 15 anos foi para o Rio de Janeiro e matriculou-se na Escola Nacional de Belas Artes - ENBA e no Liceu de Artes e Ofícios, onde aprendeu a arte da pintura e desenho figurativo com Rodolfo Amoedo, Batista da Costa, Lucílio de Albuquerque e Carlos Chambelland.

Em 1922, Portinari, quando completou 19 anos, realizou sua primeira exposição na Escola Nacional de Belas Artes conquistando menção honrosa, ganhando medalha de bronze pelo seu trabalho.

Expôs na ENBA de 1922 até 1929. Em 1928 recebeu o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, da Exposição Geral de Belas-Artes, de tradição acadêmica. Portinari viajou pela Europa por dois anos. Em 1929 Portinari partiu para a Europa, viajou pela Itália, Inglaterra, Espanha e se fixou em Paris, onde permaneceu até 1930. Ia diariamente aos museus e lá descobriu a pintura moderna. Discutia sobre arte nos Cafés e não tinha quase nenhum tempo para pintar. Foi em Paris que Portinari conheceu Maria Martinelli, com quem se casou.

Portinari estudou em Paris no ano de 1930, onde recebe instrução acadêmica. De espírito inquieto, sua arte procura expressões novas, o que o leva a abandonar os cânones acadêmicos e a aplicar a aprendida ciência do fazer artístico a uma linguagem plástica pessoal e moderna.

Em 1931, regressa ao Brasil e passa a lecionar no Instituto de Arte da Universidade do Distrito Federal onde ocupou a cadeira de pintura mural e de cavalete até 1938.

Em 1932, Candido Portinari expôs individualmente. Três anos depois, seu quadro Café recebeu a segunda menção honrosa da Exposição Internacional do Instituto Carnegie, nos Estados Unidos.

Lavrador de Café, Candido Portinari, 1934 - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand


Realiza, em 1936, os painéis do Monumento Rodoviário situado no Eixo Rio de Janeiro - São Paulo (hoje, Via Dutra). Entre 1936 e 1944, realiza os afrescos do edifício do Ministério da Educação e Saúde. Esses trabalhos marcam na carreira de Portinari a definição de seu gosto pela temática social. Sempre ligado a escritores, diplomatas, intelectuais, jornalistas e poetas, em 1939 se integrou à Família Artística Paulista, grupo do qual faziam parte, entre outros, artistas como Alfredo Volpi, Mário Zanini, Fúlvio Pennacchi, todos de origem operária. Portinari é ao mesmo tempo membro da elite intelectual de seu tempo e um legítimo defensor das camadas menos favorecidas do povo.

- Café, Candido Portinari- 1938

No final da década de 30, firma-se a projeção internacional de Portinari. Em novembro de 1939 expôs 269 trabalhos no Museu Nacional de Belas-Artes. Ainda em 1939 realiza três grandes painéis para o pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York. Também em 1939 sua tela “O Morro” é adquirida pelo Museu de Arte Moderna de Nova York. No mesmo ano nasceu seu único filho, João Cândido.

Em 1940, realiza exposição individual no Museu de Arte Moderna de Nova York e no Instituto de Artes de Detroit, sendo aclamado pelo público e pela crítica. Ainda em 1940, participa da mostra de arte latino-americana no Riverside Museum de Nova York.

Em 1941, pinta os painéis na Fundação Hispânica da Biblioteca do Congresso da capital Norte Americana. Ainda em 1941, a Universidade de Chicago publica o primeiro livro sobre o pintor, Portinari, “His Life and Art”, com introdução do artista Rockwell Kent e inúmeras reproduções de suas obras.

- Cafezal, Candido Portinari, 1942

Em 1943 retorna ao Brasil e pinta oito painéis conhecidos como “Série Bíblica”. Neles refletem-se a influência da 2ª Guerra Mundial e, especialmente, da obra “Guernica” de Picasso.

Em 1944, inicia as obras de decoração do conjunto arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer. Dentre elas destacam-se o mural “São Francisco” e a “Via Sacra”, na Igreja da Pampulha.

Entre 1944 e 1946 realiza as séries “Retirantes” e “Meninos de Brodowski”. Tangido por seus ideais sociais, candidata-se, em 1944, a deputado e em 1947 a Senador, pelo Partido Comunista Brasileiro, mas não é eleito.

Em 1946, recebeu a Legião de Honra do governo francês.

Em 1948, Portinari exila-se no Uruguai, por motivos políticos, onde pinta o painel “A Primeira Missa no Brasil”, encomendado pelo banco Boavista do Brasil. Sua produção no exterior será igualmente importante e extensa.

Em 1949 executa o grande “Painel Tiradentes”, onde narra os episódios da prisão, julgamento, execução e esquartejamento do herói brasileiro que lutou pela independência do Brasil e pelo fim da escravidão.

Em 1950, Portinari recebeu por este trabalho, a medalha de ouro concedida pelo Júri do Prêmio Internacional da Paz, reunido em Varsóvia. O Catálogo do Patrimônio Artístico do Estado, orgulhosamente, apresenta essa monumental obra que se encontra hoje no “Salão de Atos Tiradentes” no Memorial da América Latina na cidade de São Paulo.

Ilustrou vários livros como “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “O Alienista”, de Machado de Assis. Em 1958, iniciou livro de poemas, editado por José Olympio em 1964, com introduções de Antonio Callado e Manuel Bandeira.

- Colheita de café (Cosecha de café) Candido Portinari, 1958 - Colección Particular, SP

Em 1960 nasceu sua neta Denise, que passou a ocupar boa parte de seu tempo. Pintou muitos quadros com o retrato dela. Quando não estava com Denise, Portinari passava horas fitando o mar, sozinho. No ano seguinte escreveu um ensaio de oração para a neta Denise.

- Colheita de Café - Candido Portinari - 1960 - Acervo BankBoston, Rio de Janeiro/RJ

Em janeiro de 1962 sofreu nova intoxicação por chumbo, que já o atacara em 1954. Adoecido, não mais se recuperou. Nessa época, preparava uma grande exposição, com aproximadamente duzentas obras, a convite da prefeitura de Milão.

Em 6 de fevereiro Portinari morreu, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava, mas cumprindo a promessa de homenagear a sua terra e o seu povo, através da sua arte. "Daqui fiquei vendo melhor a minha terra. Fiquei vendo Brodowski como ela é".

Artista intenso e produtivo, Portinari deixou um legado extenso e profundo com inúmeros painéis e murais, técnica a que particularmente se dedicou. Realizou inúmeras exposições no Brasil e no mundo, entre elas, a exposição 50 Anos de Arte Moderna, no Palais des Beaux-Arts, em Bruxelas na Bélgica, tendo sido o único artista brasileiro a participar nessa mostra; 1ª Bienal Internacional do México, onde recebeu Prêmio Ciudad de México; Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Contemporâneo em Santiago no Chile; exposição no Museu Solomon R. Guggenheim, em Nova Iorque, onde recebeu o prêmio Guggenheim; Internacional Fine-Arts Council de Nova York, onde recebeu medalha de ouro como o melhor pintor do ano; Individual no Salón Peuser em Buenos Aires; exposições em Ein Harod, Haifa, Jerusalém e Tel Aviv a convite do governo de Israel.

Seu filho João Candido Portinari hoje cuida dos diretos autorais das obras de Portinari.

Para saber mais sobre a vida e obra deste magnífico artista brasileiro visite os links Centenário Portinari 2003/2004 e Projeto Portinari.

Vale bem a pena. Leia abaixo uma pequena amostra das delícias contidas lá.

Eram belas as manhãs frias na época da apanha do café e delicioso o canto dos carros de boi transportando as sacas da colheita. Quantas vezes adormecíamos sobre as sacas. A luz do sol parecia mais forte. Era somente para nós. Ia pela estrada afora o carro vagaroso, cantando. Dormíamos cheios de felicidades. Sonhávamos sempre, dormindo ou não. Nossa imaginação esvoaçava pelo firmamento (…). À noite, deitávamos na grama ao redor da igreja e de barriga para cima ficávamos vendo as estrelas e sonhando; um perguntava ao outro o que desejava ser – as respostas eram ambiciosas: um desejava ser rei, outro general, aquele dono de circo.
Candido Portinari

Café por Clóvis Graciano

Em obras dispersas pelas ruas e praças de São Paulo, o café está retratado de diversas formas, seja em baixos-relevos das fachadas de velhos edifícios do centro, seja no painel de azulejos de Clóvis Graciano instalado na Avenida Rubem Berta; no “Colhedor de Café” em bronze de Lecy Beltran (canteiro da Avenida Nove de Julho); na escultura de Francisco Zeri; na “Homenagem ao Cafeeiro” (Parque Ibirapuera, 1954); com versos de Guilherme de Almeida inscritos no pedestal dizendo ser o café "árvore genealógica da riqueza paulista"... o Café deixa sua marca registrada na história paulistana.

"Canto a cidade das neblinas e dos viadutos minha cidade amante de futebol e vendedora de café" Sérgio Milliet, in "São Paulo".

Painel de azulejos de Clóvis Graciano, na Avenida Rubem Berta

Clóvis Gracianonasceu em 1907 ,em Araras, no interior de São Paulo. Em 1927, inicia sua carreira artística, pintando tabuletas, carros e sinalizações da Estrada de Ferro Sorocabana no interior paulista.

Pintor, desenhista, cenógrafo e ilustrador. Mudou-se para a cidade de São Paulo em 1934, sempre auto ditada, com grande interesse pelas tendências modernas , faz suas primeiras pinturas a óleo e aquarela , foi através de seu contato com Candido Portinari, que passou a freqüentar o ateliê de Waldemar da costa e passou a cursar desenho na Escola Paulista de Belas Artes. Anos mais tarde, Graciano tornou-se membro do Grupo Santa Helena.

Do Grupo, passara à Família Artística Paulista (da qual seria presidente em 1939) e ao Sindicato dos Artistas Plásticos, participando regularmente de suas exposições. Em 1941, realizou sua primeira exposição individual. Dedicou-se à pintura mural a partir dos anos 50. Fez também ilustrações de obras literárias, como o livro Cancioneiro da Bahia, de Dorival Caymmi (editora Martins). Realizou cenário e figurinos para espetáculos de teatro e dança.

Participou de diversos Salões Oficiais e Coletivas, conquistando o prêmio de viagem ao exterior no Salão Nacional de Belas Artes, Divisão Moderna, seguindo para a Europa em 1949 e retornando em 1951. Morreu em São Paulo em 1988, com 81 anos.

Café por Lecy Beltran

“Colhedor de Café”, Lecy Beltran

Instalada na Praça Luis Carlos Paraná, pertinho da Avenida Nove de Julho, em São Paulo, a escultura "Colhedor de Café", de Lecy Beltran homenageia o trabalhador rural.

Lecy Beltran

Lecy Beltran sob a orientação do grande mestre escultor Dante de Giacomi desenvolveu sua arte com escultura em bronze.

Suas obras já foram expostas na França, Áustria, Espanha, Portugal e Estados Unidos. Na Expo Art/97, na China a artista não pode estar presente, mas enviou 16 de suas esculturas, entre as quais: “O Colhedor de Café”, “Máscara Indígena”, “Lavadeira de Rio”, e “O futebol de praia”; como primeira escultora brasileira a expor na China Expo Art, o desejo de Lecy é que sua iniciativa gere um grande intercâmbio cultural entre os dois países.

Curiosidade:
Ao lado da escultura Colhedor de Café, de propósito ou não, um pé de café foi plantado, um complemento vivo dos grãos da peneira. A sensibilidade do fotógrafo Hélvio Romero captou o ângulo exato e a composição estátua fria, morta, mais ramos vivos com grãos quase prontos ficou perfeita.



Confira mais fotos no flicker.

Café com Hisashi Tomokuni

Artista encontra suas Raízes com Esculturas em Madeira. Hisashi Tomokuni usa troncos que seriam jogados fora para contar a saga dos imigrantes no Brasil.



Hisashi Tomokuni usa troncos de árvores mortas, que seriam jogados fora, para fazer esculturas e resgatar as próprias raízes. Trabalhos inspirados na história da imigração japonesa, como uma peça que representa a época áurea do café no Brasil. "Meus pais como imigrantes japones foram para o Brasil com o intuito de rastelar o dinheiro nas terras brasileiras. Hoje eu retorno ao Japão com essa imagem de cem anos atrás", conta o artista.

A habilidade com os instrumentos foi herdada do pai carpinteiro e o senso ecológico foi desenvolvido durante os dez anos em que o artista viveu no sul da amazônia. No Brasil Tomokuni era um pequeno agricultor mas dificuldades financeiras o trouxeram para o Japão há 5 anos. Hoje ele vive em Miyoshi (Aichi), onde divide o trabalho na fábrica com a escultura. E já ganhou um admirador especial: o prefeito Tomohide Kuno.



Fonte: ipcdigital.com

Café por Tsang Cheung Shing

Beber chá era tão popular na China antiga que o chá era listado como uma das oito necessidades diárias, entre outras como lenha, arroz, óleo, sal, molho de soja, e o vinagre. A cultura do chá na China difere da cultura do chá da Europa, Grã-Bretanha ou Japão, em coisas como métodos de preparação, métodos de degustação e as ocasiões em que é consumido. Mesmo atualmente, em ambas as ocasiões informais e formais, o chá continua a ser consumido regularmente na China, sendo usado tanto na culinária como na medicina herbária.

Coffe-kiss-illusion por Tsang Cheung Shing
Yuanyang II, de Tsang Cheung Shing

Esta peça de cerâmica produzida por Tsang Cheung-shing, foi nomeada de “Yuanyang II” em homenagem a Yuanyang (pronúncia Yuenyeung, Yinyong ou Yingyong) uma bebida popular em Hong Kong, feita de uma mistura de café, leite e chá.



Yuan yang é como os chineses se referem aos patos mandarim (Mandarin Duck), que sempre aparecem nos lagos em pares. Eles são monogâmicos, ou seja, são aves tão fieis que mesmo ao colocar um macho com outras fêmeas, eles irão escolher apenas uma, que também deve aceita-los. O casal ficará junto até que um deles morra. Só assim a ave que sobreviveu irá procurar outro par.

Para os chineses um par de patos mandarim simbolizam felicidade no amor, romance, dedicação, carinho, fidelidade conjugal, união e amor duradouro; sendo, por isso frequentemente representados na arte oriental.

Durante muito tempo eles foram escolhidos como símbolo de fidelidade na China. Quando um rapaz ia pedir a mão de uma moça em casamento ele presenteava o sogro com um casal de pato-mandarim. Esta pratica era vista com muita seriedade, significando respeito e fidelidade eterna.

A obra composta por duas xícaras cheias de chá, café e leite que ao terem seu líquido derramado este toma forma do rosto de um homem e de uma mulher que se encontram num beijo.


A escultura Yuanyang II pertence ao Museu de Arte de Hong Kong.

Chá, Café e Leite
A bebida Yuanyang combina leite, café e chá e partes iguais (adoçado à gosto) foi inicialmente servida por vendedores ambulantes, depois em Cafés, mas atualmente pode ser encontrada em vários tipos de restaurantes. A yuanyang pode ser servida quente ou fria.


O nome yuanyang, inspirado no simbolismo dos patos mandarim (amor/fidelidade), surgiu para dar a mesma conotação de "aliança" a bebida que une o café, o chá e o leite no mesmo copo.

Há controvérsias, se a invenção da mistura de café, leite e chá, é parte das "criações" do mundo oriental ou ocidental. Várias pessoas têm combinado café com chá seja de modo acidental ou proposital. Alguns alegam que tal bebida se trata do modo holandês de servir.

Por vezes os nomes CoffTea ou Chá Espress é usado. Uma rápida busca da bebida na Internet pode-se localizar vários links, um deles é o Halfbakery (Banco de Invenções Registradas) onde o conseito Cofftea foi registrado em 2000, para descrever uma mistura de folhas de chá e grãos de café.

A bebida CoffTea é uma mistura de café e chá. Também pode ser chamado TeaFee ou Teaee. Teafee é definido no dicionário como uma mistura meio-a-meio de chá e café.

Em uma entrevista em 2006, Sandra Blund recomendou comer Savarin, uma reinvenção do tradicional Baba ao rum, com a mistura de chá de camomila, chá de Rosa Branca e café boliviano, na quantidade de 2 por 1. Blund alegou ter combinado a bebida em 1936 - aproximadamente o mesmo tempo, quando tais bebidas foram inventados em Hong kong.

O cantor e apresentador Peter André alegou em entrevista a The New York Observer - Coffee Tea: An Interview. (October 1/2006) ter inventado o CoffTea em 2004.


O CoffTea feito com 1/2 xícara de café a 1/2 xícara de água quente e um saquinho de chá é famoso por ter tanto as qualidades refrescante e calmante do chá, quanto a inspiração estimulante do café.

Releitura da Obra pelo Café com a Beth:
Uma das maravilhas do mundo: o Hani Terraced (Campo de Arroz), localizado em Yuan Yang, na China, é formado por uma área de campos terraplanados que chega a mais de 11,000 hectares. As montanhas inteiras estão cobertas com terraços de arroz que se estendem por 2,000 metros do topo até o vale. Pode-se dizer que este é o melhor lugar para entender o modo tradicional (milenar) da civilização agrícola chinesa.

CAMPOS TERRACED DE YUAN YANG - Campos de Arroz

Campos de Arroz na China - Técnicas Milenares

O arroz é plantado neste lugar chamado Yuan Yang porque aqui o terreno, a água, o clima... tudo coopera para que este "casamento" seja fértil e a colheita satisfatória. Daí o nome. Sabendo que desde a época da China antiga, jogar arroz em recém-casados é um ato que representa votos de abundância ao novo casal. Neste contexto, jogar o arroz de Yuan Yang no casal que se forma ou derramar o café, com leite e chá da xícara formando o casal se beijando, simboliza de uma forma bem humorada: votos de abundância ao casal.

Curiosidades:
A cerimônia do chá durante casamentos serve como um meio para ambas as partes, encontrarem com os outros membros da família. Como tal, durante a cerimônia do chá, o casal deve servir chá a todos os membros da família e chamá-los pelo seu título familiar. Beber o chá simboliza: aceito, seja bem-vindo a família. Recusar a bebida simboliza: oposição ao casamento.

Na cerimônia de casamento tradicional chinesa, tanto a noiva quanto o noivo devem ajoelhar-se na frente de seus pais e servir-lhes uma xícara de chá como expressão de gratidão. Os pais normalmente irão beber uma pequena porção do chá e então dar ao casal um envelope vermelho, que simboliza boa sorte.

*por Elizabeth Nogueira

Coffee Art

O café tem sido usado como um pigmento para criar arte. E uma linha de produtos tem surgido dia após dia... como se fosse uma aquarela. A aquarela é uma técnica que muito me agrada (me lembra das pinturas com guache nas aulas de artistica na "antiga" escola primária). As manchas iniciais são as mais importantes pois estas irão conduzir cada pincelada em busca de uma representação realista. O prazer de se pintar uma aquarela é justamente saber conduzir as manchas e depois, com poucas e precisas pinceladas, concretizar o desenho ali presente.

Segundo a Wikipédia aguarela (português europeu) ou aquarela (português brasileiro) é uma técnica de pintura na qual os pigmentos se encontram suspensos ou dissolvidos em água. Os suportes utilizados na aguarela são muito variados, embora o mais comum seja o papel com elevada gramagem. São também utilizados como suporte o papiro, casca de árvore, plástico, couro, tecido, madeira e tela.

A aquarela é uma técnica muito antiga cujo aparecimento se supõe esteja relacionado com a invenção do papel e dos pincéis de pêlo de coelho, ambos surgidos na China há mais de 2000 anos.

Coffee Art
Coffee Art a técnica de pintura com café sobre papel - sem outros pigmentos, apenas 100% puro café espresso -, que já tem expressão na Europa e Estados Unidos, mas dá seus primeiros passos no Brasil. Pintar com café como se este fosse tinta, não é uma novidade, mas ainda soa estranha. A ideia é pintar só com café, sem aditivos, sem pigmentos… só 100% puro café e água e ir misturando formando uma gama de tonalidades que além de belíssimas deixam as aquarelas aromáticas!

Com um trabalho pioneiro no Brasil, Dirceu Veiga (citado aqui neste blog) nos apresenta essa tendência artística com "pitadas" que o identificam como ilustrador, icon designer e caricaturista. Para Dirceu o tipo de café ideal para as caricaturas é o expresso curto, com grãos da região sul de Minas.

Natural de Curitiba, Veiga começou a carreira de ilustrador ainda em 1994, trabalhando em livros e apostilas do ensino fundamental. Desde então, o artista amadureceu, aprimorou a sua técnica e hoje leva a coffee art a eventos, feiras e exposições.

Seu diferencial está em misturar caricatura, Coffee Art e a seleção de uma "atelier" bem brasileiro, digamos assim, as cafeterias, local onde ele desenvolve e expõe sua Coffee Art. Abaixo coloco uma das minhas preferidas!



Veja o Coffee Art na visão de outros artistas:

Esta é de Karen Eland. Veja mais trabalho do artista aqui.


Esta é de Godfrey Caleb.
Confira mais telas do Godfrey aqui. Lá ele conta que descobriu a técnica acidentalmente, quando derrubou café sobre um papel ao atender o telefone... e se surpreendeu com as possibilidades!

Confira a galeria de Andy e Angel aqui.

Pintura de Retratos em Aquarelas Café... aqui.

Achei bem interessante este espaço aqui é do COFFEE ART GALLERIES.

Pra quem gosta de imagens de café vale a pena conferir esta galeria aqui.

Gripe AH1N1 (ex-suína) e o Café

Segundo o Diário de Maringá a doença está mais sujeita a evoluir de forma grave em doentes pulmonares e renais crônicos, cardíacos, diabéticos, além dos transplantados e portadores de doenças autoimunes, como artrite reumatóide e Lúpus.


Os sintomas da gripe AH1N1 (ex-suína) são semelhantes aos de uma gripe comum, e incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dores de cabeça, calafrios e fadiga. Algumas pessoas infectadas têm relatado diarréia e vômitos. Estes sinais podem também ser causados por muitas outras doenças, logo, apenas a análise dos sintomas não podem diagnosticar a gripe suína, apenas exames laboratoriais.



Como se pode notar, os sintomas são praticamente os mesmos de uma gripe comum. Então neste momento, a melhor maneira de diferenciar as duas doenças é ficar atento a história de exposição da pessoa à regiões de risco. Considerando que o período de incubação da gripe (tempo até que a pessoa desenvolva os sintomas) seja de 24 a 48 horas, a suspeita de gripe suína é maior se a pessoa apresentar os sintomas acima após ter estado em regiões onde o vírus H1N1 foi confirmado, levando em consideração este período médio de tempo.

No entanto, pelas novas regras do Ministério da Saúde, toda pessoa que apresentar os sintomas acima são aconselhadas a procurar um serviço médico, como os postos de sáude. Esta orientação deve-se ao fato de que a gripe suína já está sendo transmitida no Brasil de forma sustentada. O monitoramento e a realização de testes laboratorais somente serão realizados em casos graves.

Fonte: Banco de Saúde

Café e Saúde - Gripe AH1N1 (ex-suína) e o café
Prof. Dr. Darcy R. Lima
PhD em medicina, Professor da UFRJ



Em meados de maio o número de casos da nova gripe A (H1N1) pelo mundo passou de cinco mil, segundo balanço divulgado Organização Mundial da Saúde (OMS). O número de mortos chega a 61. O destaque e as mensagens, aparentemente misturadas, chegando de agências de saúde e organizações de notícias sobre a nova gripe deixa muita gente confusa.

O resfriado comum é a infecção humana mais comum, caracterizando-se por um processo benigno do trato respiratório superior causada pelo rinovírus (RNA) da família Picornaviridae, que se manifesta por coriza e irritação da garganta. Nunca causa morte, tosse e rouquidão são pouco comuns e quase sempre não ocorre febre, no quadro que dura em torno de 7 dias.

A gripe ou influenza é uma infecção viral aguda causada por um dos três tipos (A, B e C) do ortomixovírus de RNA, que se manifesta de forma súbita com comprometimento do sistema respiratório (coriza, espirros, tosse, dor de garganta) e alterações sistêmicas como prostração, anorexia, febre, cefaléia, mialgias e artralgias, com duração de 5 a 10 dias e evolução benigna na maioria dos pacientes.

No passado (1918) uma pandemia de gripe atingiu um terço da humanidade, cerca de 500 milhões de pessoas, e causou a morte de quase 50 milhões de pessoas (mortalidade de 10%). O vírus penetra pela nasofaringe e causa necrose e descamação do epitélio respiratório, e em 5 a 10% dos casos ocorrem áreas de consolidação pulmonar (pneumonia primária), com hemorragia e edema pulmonar, predispondo o organismo a infecções bacterianas secundárias por pneumococos, estafilococos e a bactéria gram-negativa Haemophilus influenzae.

Os vírus do tipo A são os mais importantes por causarem pandemias, sendo classificados em subtipos baseados nos dois antígenos glicoprotéicos existentes na superfície viral (hemaglutinina H e neuramidinase N), sendo que apresentam maior grau de mutações. Infecções associadas comumente são a sinusite aguda, otite média, bronquite purulenta e pneumonia por pneumococo ou estafilococo.

Tabela 1: Risco de pandemia de influenza

Os critérios para identificar um caso suspeito de gripe suína, estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério da Saúde são:

• Febre repentina acima de 38 graus e tosse, acompanhadas ou não de um ou mais dos seguintes sintomas: dificuldade respiratória, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações; e ter como procedência as áreas afetadas, nos últimos 10 dias.

Cuidados e precauções dos profissionais de saúde que atendem casos suspeitos de influenza A (H1 N1):

• Isolamento respiratório.
• Restrição do número de profissionais que atendem os pacientes.
• Isolamento de contato (luvas não estéreis, avental de mangas longas). O CDC dos Estados Unidos recomenda até proteção ocular.
• Máscara N95 para os profissionais de saúde (apesar da transmissão por gotícula, até melhor conhecimento do vírus, esta é a máscara recomendada).
• Lavagem freqüente das mãos ou uso de soluções alcoólicas.
• Restringir o número de visitas ao paciente.

Tratamento da gripe AH1N1
Existem dois medicamentos antivirais para o tratamento da gripe AH1N1, o oseltamivir (TAMIFLU da Roche) e o zanamivir (RELENZA da GLAXO).

O oseltamivir é a medicação mais disponível no nosso meio. Os estoques da medicação se esgotaram na maioria das farmácias, devido à preocupação da população, mas a automedicação deve ser evitada. Os estoques disponíveis estão sendo controlados pelo governo, que disponibilizará a medicação nas áreas afetadas.

A ANVISA está realizando as medidas de controle sanitário cabíveis nos vôos vindos do exterior, para controlar a doença que já chegou ao país. Os casos suspeitos de gripe suína devem ser encaminhados para a rede de hospitais de referência conforme o link com a lista dos hospitais de referência para tratamento da gripe suína.

Café, ácidos clorogênicos e ácido quínico
A maioria das pessoas que toma café diariamente ignora quais são as substâncias que estão presentes no café e pensa que o café contém apenas ou principalmente cafeína. O café possui apenas 1 a 2,5 % de cafeína e diversas outras substâncias em maior quantidade. E estas outras substâncias podem até ser mais importantes do que a cafeína para o organismo humano.

Existe no café verde uma maior quantidade de ácidos clorogênicos, na proporção de 7 a 10%, isto é, até 5 vezes mais que a cafeína. Os ácidos clorogênicos são uma família de compostos oriunda da esterificação do ácido quínico com derivados do ácido cinâmico como os ácidos cafeico, ferúlico e cumárico, sendo os principais subgrupos de isômeros os ácidos cafeoilquínicos (ACQ), feruloilquínicos (AFQ) e dicafeoilquínicos (AdiCQ) e, em menor quantidade, os ácidos p-cumaroilquínicos (p-ACoQ).

O TAMIFLU, cuja sustância ativa é o Oseltamivir, é um medicamento antiviral de administração oral que age reduzindo a proliferação do vírus da gripe no sangue assim como também inibe a liberação, a partir das células já infectadas, de novos vírus no organismo com capacidade infecciosa. Este antiviral oseltamivir é sintetizado a partir de um composto químico, o ácido skimico que é extraído de uma planta chinesa, Illicium verum, usada como tempero na cozinha chinesa e na Indonésia, bem como de folhas de pinheiros, abetos e coníferas.

Na atualidade já há formas de produção em larga escala nas indústrias farmacêuticas através de uma via biosintética usando bactérias (Escherichia coli).

Outra opção para obter o oseltamivir é a partir do ácido quínico. Esta é uma substância cristalina obtida dos grãos de café a partir da hidrólise dos ácidos clorogênicos, que são abundantes nos grãos verdes (10-12%). Este ácido quínico é uma substância química muito versátil e usada como um quiral para a síntese de novos medicamentos, como o oseltamivir.

Fica o desafio para que no Brasil seja feita uma parceria entre pesquisadores, governo e indústrias, incluindo o agronegócio do café, para a obtenção do oseltamivir ou compostos similares a partir da planta mais popular e abundante no Brasil: o café. E assim como exportamos café, poderíamos exportar o antiviral para combater esta gripe que ameaça se tornar uma pandemia mundial.

Bibliografia
1. Revisão do CDC dos Estados Unidos sobre gripe AH1N1
2. Website da OMS com atualizações sobre o nível de alerta da gripe AH1N1
3. Mapa do globo do New York Times com casos suspeitos e confirmados de gripe AH1N1
4. Recomendações e alertas da ANVISA sobre gripe AH1N1
5. Recomendações e alertas do Ministério da Saúde sobre gripe AH1N1
6. Hospitais de referência para tratamento da gripe AH1N1
7. Santos, R. & Lima, D.R.: COFFEE, The Revolutionary Drink for Pleasure and Health, XLibris, USA, 2007. (tudo que você precisa saber sobre café e saúde)
8. Lima, D. R. : 101 RAZÕES PARA TOMAR CAFÉ SEM CULPA, CAFÉ EDITORA,SP, 2009, No Prelo.

Este artigo também foi publicado aqui 1 e 2

Efeitos Terapêuticos do Café

A maioria das pessoas que consomem café diariamente desconhece as substâncias saudáveis e os seus efeitos terapêuticos. Segundo o médico Darcy Roberto Lima, doutor em Medicina pela Universidade de Londres que há 20 anos realiza pesquisas sobre café e saúde: "As pessoas esquecem que o café é uma fruta. A bebida dele é um suco de fruta quente extremamente saudável".




O café contém mais de 2000 componentes entre os quais se destacam o cálcio e o sódio e as vitaminas B3, B2 , B5 e B6, importantes no processo neurológico e equilíbrio geral do organismo. Segundo Darcy Roberto Lima, 20% da humanidade toma café todos os dias. "É é a segunda bebida mais consumida no mundo. Surgiram vários estudos nas últimas décadas mostrando a importância do café na alimentação humana", ressalta o médico. Estudos comprovam que o café pode ajudar a prevenir depressão, alcoolismo e suicídio.

*Bebida controversa e ao mesmo tempo unanimidade nacional, o café volta à pauta do dia. No Brasil, a Fundação Zerbini assinou, em 2006, um protocolo com a Associação Brasileira da Indústria do Café para a criação da Unidade de Pesquisa Café-Coração do Incor, que até hoje tem conduzido pesquisas sobre a bebida.

Entre as novidades das pesquisas foi apontado que o cafezinho está associado a um menor risco do desenvolvimento de diabetes tipo 2, pois o café contém anti-oxidantes que ajudam a controlar o dano causado às células que contribuem para o de-senvolvimento da doença.

O Kaiser Permanente, instituto localizado na Califórnia, apontou, ainda, que o café ajuda a prevenir a cirrose alcoólica, doença crônica do fígado causada pelo alcoolismo. O estudo reuniu informações de 125.580 pacientes sobre o consumo de café, álcool e chá, e as comparou com registros de casos de cirrose nesses pacientes, o que demostrou que quanto maior a quantidade de café ingerido, menores as probabilidades de desenvolvimento da doença.

O cientista Tomas De Paulis, da norte-americana Vanderbilt University Institut for Coffee Studies realizou 19 mil testes com a bebida. O resultado das pesquisas mostra que o efeito benéfico é maior do que se pensa. De Paulis diz que crianças que tomam café com leite uma vez ao dia têm menos chance de desenvolver depressão do que aquelas que não consomem a bebida.

A bebida reduz o colesterol, auxilia no combate a doenças coronarianas, proporciona efeitos antidepressivos, reduz o risco do Mal de Parkinson, protege contra diabetes do tipo 2, desenvolve ação antioxidante e auxilia em processos de emagrecimento e na prevenção de alguns tipos de câncer (cólon e reto).

A revista médica norte-americana Neurology indicou que a cafeína pode, ainda, retardar a deterioração mental em idosas. O efeito foi observado em mulheres com mais de 65 anos que consumiam mais de três xícaras de café por dia. A substância não teve o mesmo resultado nos homens. Os efeitos benéficos da bebida sobre a memória de portadores de doenças degenerativas ocorre porque a cafeína age no sistema nervoso central como um estímulo.

Além disso, pesquisadores do Centro de Transtornos Motores, ligado ao Centro Médico da Duke University da Carolina do Norte (EUA), afirmaram que membros de famílias afetadas pelo Mal de Parkinson que fumam e bebem café em grandes quantidades têm menos probabilidades de desenvolver a doença, apesar de correrem outros riscos ao adotar esses hábitos.

Estudos mostram que o risco cardiovascular pode diminuir com o consumo de café. Após acompanhar, por 15 anos, mais de 27 mil mulheres com idades entre 55 e 69 anos, pesquisadores noruegueses descobriram que as mulheres que bebiam de uma a três xícaras de café ao dia reduziam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares em 24% em relação àquelas que não bebiam café.

No entanto, à medida que a quantidade de ingestão do café aumentava, o benefício decrescia. Com mais de seis xícaras ao dia, o risco não era reduzido de forma significativa. Ainda sim, depois de um filtro de controle por idade, consumo de cigarros e de álcool, as mulheres que bebiam de uma a cinco xícaras ao dia reduziram o risco de morte por qualquer uma das causas em 19%.

Cientistas espanhóis disseram que beber café pode ajudar a evitar o desenvolvimento de câncer de bexiga em fumantes, segundo estudo publicado no jornal of Epidemiology and Community Health. A equipe espanhola analisou os dados de mais de 1.500 pacientes, 500 dos quais com câncer de bexiga, atendidos em 12 hospitais da Espanha, durante o período de 112 meses. E a comparação entre o comsumo de café e fumo trouxe revelações inéditas, informou a agência Reuters. "Descobrimos que a probalidade de câncer de bexiga era mais alta em fumantes que não bebiam café" disse o dr. Gonzalo Lopes Abene, advertindo porém que o melhor é não fumar.

Auxiliando na memória.

Cientistas da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, descobriram que as pessoas idosas que bebiam uma xícara de café convencional antes de se submeterem a um teste de memória obtinham melhores resultados do que pessoas da mesma idade que optavam por sucos naturais. De acordo com os pesquisadores, produtos ou atitudes que reforçam os níveis de energia do corpo, como o próprio café ou uma sesta durante a tarde ou até um passeio, podem melhorar a memória. Outros aspecto interessante da pesquisa revela que tal fato pode não se aplicar a pessoas que não sejam consumidoras regulares de café.

Bebês não são afetados pelo café. Mulheres grávidas podem consumir café, ao contrário do que acreditam algumas pessoas temerosas pela saúde do bebê. Pesquisadores suecos apontaram que o consumo do produto, ao longo do período de gestação, não afeta o peso do bebê. Uma pesquisa de mais de três anos, realizada pelo Instituto Karolinska, em Estocolmo, estudou 900 mulheres grávidas suecas consumidoras regulares de café, sendo que todas elas deram à luz bebês saudáveis.

O café pode prevenir problemas dentários. Em testes de laboratório, alguns de seus componentes impediram a instalação das bactérias, o primeiro passo na formação das cáries. De acordo com a pesquisadora Carla Pruzzo, da Universidade de Ancona, na Itália, os componentes ácido clorogênico, ácido nicotínico e a trigonelina presentes no café impediram as bactérias Streptococcus mutans de se instalar em uma superfície dentária sintética. A trigonelina, o principal componente responsável pelo sabor ácido do café foi o mais potente anti-adesivo.

A pesquisadora apontou que há longo tempo sabe-se que os grãos de café, verdes ou torrados, contém substâncias anti-bactericidas e anti-oxidantes, porém a forma de ação de cada um desses componentes ainda é desconhecida. De acordo com Peter Martin, pesquisador do Instituto de Estudos do Café da Universidade Vanderbilt, em Nashville, Estado do Tennessee, EUA, a cafeína sempre foi considerada o principal composto bioativo do café, mas há uma série de outros compostos a serem estudados.

O café é um dos vários alimentos que vêm sendo estudados quanto à presença de substâncias que previnam os estágios iniciais da instalação das cáries, segundo o dentista William Bowen, da Escola de medicina e Odontologia da Universidade de Rochester, Estado de Nova Iorque, EUA. O chá e o suco de framboesa também podem conter substâncias que podem ser utilizadas em pastas e soluções dentárias. (Fonte: Brazilian Journal of Plant Physiology).

Apenas o cheiro do café já serviria para despertar pessoas privadas de sono. A afirmação foi feita por cientistas japoneses que dizem que substâncias presentes no café são capazes de reanimar qualquer pessoa. Segundo os estudos, a descoberta pode ter diversas utilidades, já que o café tem propriedades revitalizantes e energizantes. A reativação dos genes mRNA faz com que o cérebro seja 'despertado'. Isto pode explicar por que as pessoas gostam do aroma do café e se sentem mais dispostas, após consumi-lo.

As descobertas mais recentes sobre a prevenção das doenças neurodegenerativas incluem o café e a maçã na lista de alimentos recomendados. Beber de três a cinco xícaras por dia pode diminuir em 65% o risco de Alzheimer, segundo um estudo sueco, que acompanhou 1.409 pessoas por mais de 25 anos. Pesquisadores de Harvard mostraram que alto consumo de cafeína diminui o risco de Parkinson em homens. Entre as mulheres, o café tem efeito protetor só depois da menopausa e para quem não ingere repositores hormonais.

Café nos Drinks

Capuccino on the rocks
Illy Café aposta em nova linha de ice coffe para recarregar as baterias nas baladas



Os energéticos tradicionais vão ganhar um concorrente de peso – e sabor – nos clubs mundo afora. É que vem ganhando cada vez mais adeptos – sobretudo nos Estados Unidos – a mistura de café nos drinks.

A Illy se antecipou e lança no mercado latinhas de café especial da linha Issimo que já vem preparado pronto para a mistura. O drink foi batizado de Illy Issimo Espresso Martini (café preparado misturado com vodka e gelo) e tem tudo para virar uma febre entre os baladeiros.

Programa de redução de resíduos

Programa de redução de resíduos


O Diretor de Auto estima da Sim Group, Luis Antonio, se esforça para influenciar as pessoas a reduzir resíduos, destacando a importância da utilização dos Squeezes e xícara de café (porcelana...) na diminuição de copos descartáveis…

Xícaras de Café Impressas em Vinil

Ei, cidade que nunca dorme. Acorde


A idéia era espalhar pelas ruas de Nova York fotos de xícaras de café impressas em vinil e colocadas por cima das tampas de saídas subterrâneas. No início da manhã, as tampas costumam emitir vapores, que criam o efeito visual da propaganda.

A mensagem que circunda a xícara diz: “Hey, City That Never Sleeps. Wake Up” (Ei, cidade que nunca dorme. Acorde).

Concurso: Xícara de Café de Cerâmica

Campanha “Uma Xícara Brasileira de Cerâmica para Café”

O concurso de design realizado pela Associação Brasileira de Cerâmica (ABCERAM), em junho de 2008, teve como slogan “Uma Xícara Brasileira de Cerâmica para Café”, e foi promovida pela Comissão de Cerâmica Artística da Associação. O concurso teve como objetivo “estreitar ainda mais os laços entre designers e ceramistas, agregando valor à arte”, segundo Paschoal Giardullo, coordenador da Comissão.

Xícaras Premiadas
Fontes: Abic; Revista Época
1) Oca De Café

Criação premiada do designer Fernando Queiroz Deusdará, aluno da Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), de Belo Horizonte, que se inspirou na cumbucas indígenas. Ele levou o primeiro lugar na Categoria Estudante. As três peças que compõem a “Oca” são xícara, pires e petisqueira. O formato permite com que elas se encaixem e se tornem num só objeto.
2)Pingada


Criação do designer curitibano Aleverson Ecker, da Holaria Cerâmica Contemporânea, que se inspirou nos copinhos tradicionais que as padarias servem café com leite (pingado). Ele levou o primeiro lugar na Categoria Profissional.

Festival de Café e Bolos Regionais

Deli Doces promoveu Festival de Café e Bolos Regionais/2008


Segunda bebida mais consumida pelo brasileiro, perdendo apenas para a água, o café tem conquistado cada vez mais adeptos se tornando indispensável no cardápio do brasileiro. De olho na popularidade do café a rede de docerias, Deli Doces, preparou uma deliciosa tentação para os amantes da bebida. O Festival de Café e Bolos Regionais, que aconteceu em 2008, trazendo no cardápio saborosas versões do café. Entre as opções estão o Morango Coffee que leva leite vaporizado, café expresso e calda de morango, o Chocolate Coffee, feito com leite vaporizado, café expresso e calda de chocolate e o Menta Coffee que leva leite vaporizado, café expresso e calda de menta.

Entre os cafés gelados a Deli Doces disponibiliza o Menta Shake preparado com sorvete de menta e café expresso duplo, o Capuccino Gelado feito com sorvete de creme, leite condensado, chocolate amargo e café expresso, o Café com Sorvete mistura sorvete de creme ao café expresso. Ainda no menu de cafés a Deli Doces conta com o Café Bombom que mistura o leite condensado, café expresso e chantilly decorado com chocolate em pó e o Capuccino Italiano preparado com café expresso, chocolate meio amargo e leite vaporizado.

Para quem prefere uma bebida quente, mas, dispensa a cafeína a Deli Doces oferece um delicioso Chocolate Quente preparado com leite, chocolate em pó e calda de chocolate.

Para acompanhar os cafés a Deli Doces sugere sua linha de bolos regionais que proporcionam um sabor todo especial à bebida. Entre as opções estão o Pé-de-moleque preparado com massa de mandioca e leite de coco, recheado com castanhas de caju torradas. A decoração fica por conta de pedaços de caju, o Bolo de macaxeira que leva macaxeira ralada, coco fresco e leite de coco, Bolo de rolo nos recheios goiaba ou chocolate, Bolo de laranja, Bolo de ameixa, Bolo de milho e o tradicional Bolo de trigo. Na lista de salgados a dica são as mini-tortas salgadas nos sabores camarão, frango, atum, palmito e queijo.

Maior Xícara de Café



Recordes existem para serem quebrados - Em 2007, o Panamá construiu a maior xícara de café até então, com capacidade para 2.840 litros de cafezinho. Mas, como tem brasileiro que não leva desaforo para casa, a cidade de Brejetuba, no Espírito Santo, construiu a xícara que detém o novo recorde, digno de figurar no Guiness Book.

A xícara, como pode ser vista nesta foto (de autoria de Eliana Gorritti), tem 2,3 metros de diâmetro e altura de 1,5 m. Portanto, 3.500 litros de café podem ser preparados, garantindo o novo recorde com muita folga em relação ao recorde panamenho…

O pires possui 3,4 m de diâmetro, sendo que a produção deste conjunto, que é todo em chapas de aço inox, levou mais de 2 meses para ser fabricado pela empresa metalúrgica Fimag, de Cariacica, ES. "Ficamos surpresos com a encomenda e realmente deu muito trabalho. Precisamos usar várias placas de aço inox. Mas foi um trabalho incrível e ficamos muito satisfeitos com o resultado. Agora queremos mesmo é experimentar esse famoso cafezinho", disse Jaci da Silva Vieira, o gerente comercial da empresa Fimag.

O coador, para não ficar atrás, tem 2 metros de diâmetro com 2,5 m de altura, sendo composto de 12 camadas de tecido. Dessa forma, comporta nada mais nada menos que 300 kg de café em pó, cujo preparo leva em média 1 hora!

Haja cafeína…

Para comemorar o Dia Nacional do Café, 24 de maio, o município de Brejetuba, no interior do Espírito Santo, considerado o segundo maior produtor de café arábica do Brasil, capresentou a xícara para concorrer ao título de maior xícara de café do mundo. Esta grandiosa xícara foi apresentada no dia 31 de maio de 2008, durante o Festival Café & Cultura de Brejetuba. 

A xícara fica na praça Celestina Xista Badaró, a principal do município. O técnico da Secretaria da Agricultura de Brejetuba, Vanildo Pagio, disse que a bebida servida no festival levou cerca de uma hora para ser coada. Depois foi servida aos participantes do festival. A expectativa é de que o evento ajude a valorizar o café de Brejetuba, colocando a cidade na rota dos cafés especiais. "Queremos que a região fique conhecida pelos cafés de qualidade no Brasil", explicou.

A xícara e o pires custaram R$ 24,8 mil. A xícara vai receber 3,5 mil l de café. Serão 300 kg de pó de café, colocados em um coador de 2 m de diâmetro, 2,5 m de altura e tem 12 camadas de tecido.

Rumo ao recorde

Com números tão expressivos, a prefeitura de Brejetuba fez contato com os editores do Guinness Book, o livro dos recordes, na Inglaterra. Segundo o técnico da Secretaria da Agricultura de Brejetuba, Vanildo Pagio, a solicitação de que o "cafezinho" seja registrado no livro como o maior do mundo já foi aprovada.

"Eles disseram que ou vem um representante acompanhar o evento ou vamos mandar provas para lá", explicou. Caso seja reconhecido, o "cafezinho" de Brejetuba, vai superar o recorde de uma empresa de cafés do Panamá, que fez 2.840 l da bebida em 2007.

Mais fotos aqui

fonte

http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI2906567-EI1141,00.html

domingo, 26 de julho de 2009

Mon Cafe e Mi Cafe com Axelle Red

Axelle Red, destacou-se em 1998 (aos nossos ouvidos) por cantar La Cours Des Grands a milhares de milhões de telespectadores durante a cerimônia de abertura da Copa do Mundo no Stade de France em Paris, com Youssou N'Dour (compositor da música) um compositor, intérprete e músico senegalês. Axelle estava e grávida de 7 meses com a sua primeira filha Janelle...

Axelle Red é o nome artístico de Fabienne Demal, é uma cantora, autora e compositora belga. Canta em francês, porém sua língua materna é o neerlandês, ambas línguas oficiais da Bélgica. Nasceu em 15 de fevereiro de 1968, em Hasselt na Bélgica. Entre as suas músicas destaquei duas que falam sobre o café. Doutora Honoris Causa pela Universidade de Hasselt, em Maio de 2008, pelo seu empenho artístico e pelo seu trabalho enquanto Embaixadora da Boa-Vontade da Unicef.

Axelle Red estreou-se em 93 com o álbum Sans Plus Attendre que incluía Sensualité, um tema que lhe deu enorme projecção em França. Marcada desde a infância pela música soul, a cantora rodeou-se ao longo dos anos de lendas como Steve Cropper, compositor do célebre Dock of the Bay de Otis Redding, Isaac Hayes, Sam Moore (Sam and Dave) ou Percy Sledge. O seu novo disco, Sisters/ Empathy, cantado em inglês, aborda temas como a opressão das mulheres e a violência contra as crianças e relê Gotta Serve Somebody, de Bob Dylan.

Fonte: 100% Francês



Mon Cafe (the Coffeesong)
Axelle Red

seule sur une terrasse à l'aube
je bois mon café
seule sur une terrasse à l'aube
en train de rêvasser
j'observe les gens
à moitié ensommeillés
je perds mon temps
j'attends le soleil

seule sur une terrasse à l'aube
je bois mon café
cinq heures du matin déjà
et je me sens barbouillée
m'en voulez pas
si je me rends fragile
mais comme des compiles
je n'ai plus de cohérence

laisse-moi boire mon café
laisse-moi boire mon café, yeah
let me drink my coffee
let me drink my coffee, yeah

seule sur une terrasse à l'aube
je bois mon passé
seule sur une terrasse où personne
ne s'en serait douté
m'en voulez pas
si j'ai voulu glander
mais rien ne m'attend
à part mon café

dire que hier encore la vie me semblait si bien
dire que hier encore le pire me semblait loin

Refrain
quand je me vois
ainsi seule, si ensoleillée
moi je me vois
à l'abri de la réalité
quand je me vois
ainsi seule et si réveillée
... si fatiguée

dire que hier encore la vie me semblait si bien
dire que hier encore l'avenir me disait : "viens"
dire que hier encore la vie me semblait si bien
dire que hier encore le pire me semblait loin

laisse-moi boire mon café
laisse-moi boire mon café, yeah
let me drink my coffee
let me drink my coffee, yeah



Mi Cafe (the Coffeesong)

Sola en la terraza yo, -café en la mesa-,
sola con el alba yo, soñando despierta.
La gente al pasar medio dormida va,
el tiempo es fugaz, el sol nace ya.

Sola en la terraza yo, -café templado-,
son las cinco y como no, se comienza a enfriar.
Perdonaréis si me vuelvo fragil,
si quise subir como los démas.

Deja que me tome, que me tome mi café. (bis)
Let me drink my coffee, let me drink my coffee, yeah. (bis)

Sola en la terraza me bebi el pasado,
sola donde nadie ya, sabe quién soy ni quién fui.
Perdonaréis si me vuelvo fragil,
ya nada me espera, mas que mi café.
Y pensar que ayer la vida me sonrió,
no podia ayer pensar en lo peor.

Deja que me tome, que me tome mi café. (bis)

Viéndome aqui, bajo el sol de la mañana,
viéndome aqui, al abrigo de la realidad,
viéndome aqui, solitaria y tan cansada, con mi café.

Y pensar que ayer la vida me sonrió,
y pensar que mi futuro me llamó.
Y pensar que ayer la vida me sonrió,
no podia ayer pensar en lo peor.

Deja que me tome, que me tome mi café. (bis)
Let me drink my coffee, let me drink my coffee, yeah. (bis)

Mi café me tomo, mi café me tomo ya (bis).